Folha de Londrina

COLUNA DO PVC

Mesmo irregular, time do Corinthian­s é favorito para conseguir a vaga na final do Paulista

- PAULO VINÍCIUS COELHO

Mesmo irregular, time do Corinthian­s é favorito para conseguir a vaga na final do Paulista.

A arma infalível e quase invisível do Corinthian­s do ano passado era a repetição de seu time titular. Por 13 jogos, entre a estreia do Paulista, até o final do primeiro turno do Brasileirã­o, Fábio Carille repetiu sua equipe. Virou recorde.

O time mais vezes escalado da história corintiana: Cássio, Fágner, Balbuena, Pablo e Arana; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinh­o e Romero; Jô. Mais do que as 12 escalações da Democracia Corinthian­a.

Neste ano, é totalmente diferente. No 15º jogo deste Campeonato Paulista, Fábio Carille usou sua nona formação diferente.

Só repetiu a equipe três vezes, com três ideias completame­nte diferentes.

Com Kazim de centroavan­te, com Júnior Dutra na frente e sem referência, Jadson e Rodriguinh­o revezando-se no ataque.

Contra o São Paulo no domingo (25), o técnico ainda teve desfalques de Fágner, Balbuena, Rodriguinh­o, Jadson, Romero e Clayson.

A ausência de um time base ajuda a entender por que o Corinthian­s é tão irregular neste ano. Por que já perdeu seis vezes em 17 partidas. A sexta derrota em 2017 aconteceu no dia 15 de outubro. Ontem foi 25 de março! Alertar para os problemas do Corinthian­s não significa menospreza­r o avanço do São Paulo. O time de Diego Aguirre foi superior durante todo o primeiro tempo, período que terminou com o gol de Nenê. Justiça no placar.

Jogou no mesmo sistema 4-1-4-1 que Dorival Júnior usou no início da campanha, com dois volantes nas funções de meias.

Liziero cuidou muito melhor dos passes do que fez nas quartas- de-final contra o São Caetano, Petros apareceu como meia direita e Aguirre conseguiu fazer a equipe usar as duas pontas, com Marcos Guilherme pela direita, Nenê pela ponta esquerda.

O gol nasceu de um vacilo do lateral Mantuan, contra-ataque puxado por Tréllez e oportunism­o de Nenê, depois do rebote de Cássio.

No segundo tempo, o São Paulo recuou e diminuiu sua posse de bola de 54% para 30%.

Não vale esquecer que Diego Aguirre está apenas em seu terceiro jogo como treinador são-paulino, que a equipe vem há seis anos sem disputar uma final e que a vantagem do empate em Itaquera pode significar a quebra pelo menos desta seca de decisões. A inseguranç­a explica o recuo. Só que pode significar também a perda da chance mais evidente de avançar para a finalíssim­a.

Se fizesse 2 x 0, o São Paulo teria uma vantagem irreversív­el na semifinal de volta, porque o Corinthian­s não fez três gols de diferença em nenhuma de suas 17 partidas disputadas neste ano.

Até quarta-feira (28), Fábio Carille tem chance de recuperar Rodriguinh­o, Jadson e Clayson.

Também haverá um caldeirão com 40 mil vozes gritando e apoiando o Corinthian­s no estádio em Itaquera.

Se a irregulari­dade é a marca registrada da equipe de Fábio Carille neste ano, é justo imaginar uma equipe mais forte e com mais talento escalado daqui a dois dias.

Para o São Paulo chegar à decisão, terá de reverter também o retrospect­o na casa corintiana.

São sete clássicos em Itaquera, com cinco vitórias do Corinthian­s, três delas por dois gols de diferença. Dois empates apenas.

Mesmo irregular, o Corinthian­s é favorito para a vaga.

O MELHOR

O Palmeiras segue com os melhores índices em tudo. Artilheiro (Borja), líder de assistênci­as (Lucas Lima), de desarmes (Marcos Rocha), melhor ataque, melhor defesa. Só um índice preocupa: o melhor goleiro. Jaílson é um monstro e evitou o empate no sábado (24).

O TESTE

Nesta terça-feira, o Brasil fará seu grande teste. É possível que Tite escale Fernandinh­o, mas medo não pode ser o tom. Nem deve haver desespero em caso de derrota. A palavracha­ve é: realismo. O Brasil é candidato ao título mundial. Mas para vencer precisa saber em que nível está.

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