PM será julgado por suposta fraude em morte
Ajuízada1ªVaraCriminal, Elisabeth Kather, decidiu levar a júri o aspirante Danilo Alexandre Mori Azolini, policial militar em Londrina, por suposta fraude no processo que investiga a morte do carroceiro Pedro Melo Domingos, 28 anos, em 12 de março de 2016. A decisão de promover o julgamento, ainda sem data para acontecer, foi ratificada depois que a magistrada negou alguns questionamentos feitos pelo advogado Vinícius Borba, que atua na defesa do PM, à sentença original. O rapaz foi morto em um possível confronto com policiais militares em uma estrada rural situada nos fundos do jardim Paris, zona norte de Londrina, na saída para o distrito da Warta.
Para o Ministério Público, a tese não é verdadeira. O promotor Ricardo Domingues acredita que o oficial tenha “plantado” uma arma no local do crime, evidenciando assim o suposto revide entre Domingos e os policiais. Com base em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e o laudo de confronto balístico do Instituto de Criminalística, o MP sustentou que a pistola teria sido usada em dois homicídios da chamada “Noite do Terror”, quando 12 pessoas foram assassinadas e 14 ficaram feridas entre a noite de 29 e madrugada de 30 de janeiro de 2016. A chacina ocorreu depois da morte do policial militar Cristiano Bottino, da 4ª Companhia Independente.
O caso do carroceiro fez com que a Sesp (Secretaria de Segurança Pública) deflagrasse uma operação para deter preventivamente os cinco agentes supostamente envolvidos. Eles foram soltos graças a um habeas corpus obtido em agosto do mesmo ano pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. A ação envolvendo Azolini foi desmembrada. Enquanto isso, João Paulo Roesner, Jefferson José de Oliveira, Júlio César da Silva e Thiago Morales continuam respondendo em liberdade. O processo está na fase de alegações finais. Em nota, o advogado Cláudio Dalledone informou que “espera uma absolvição” dos réus.