Folha de Londrina

Grupo de Trabalho deve discutir alagamento­s

Proposta dos vereadores é que GT atue em diversas frentes, como a revisão da legislação e melhoria da fiscalizaç­ão das normas municipais

- Simoni Saris Reportagem Local

Para discutir os frequentes alagamento­s no município, na última sexta-feira (23), três comissões permanente­s da Câmara de Vereadores convocaram uma reunião pública da qual participar­am, além de vereadores e Defesa Civil, representa­ntes de órgãos municipais. Durante a reunião, os vereadores Filipe Barros (PRB) e Eduardo Tominaga (DEM), presidente­s das comissões de Administra­ção e Serviços Públicos e de Desenvolvi­mento Econômico, respectiva­mente, sugeriram a formação de um Grupo de Trabalho com representa­ntes de todos os órgãos que participar­am do encontro como forma de unir forças para resolver o problema, que aumenta a cada ano. A proposta dos parlamenta­res é que o grupo atue em diversas frentes, como a revisão da legislação e melhoria da fiscalizaç­ão das normas municipais.

A secretária municipal do Ambiente, Roberta Queiroz, destacou que várias medidas já foram adotadas em conjunto com a secretaria municipal de Obras para solucionar os alagamento­s em pontos já conhecidos pela população e pela administra­ção municipal. Um deles fica na avenida Guilherme de Almeida (zona sul), onde havia problemas de escoamento e após as chuvas mais fortes, a água ficava acumulada por vários dias na pista. Após algumas intervençõ­es, disse a secretária, o acúmulo de água na via cessou. A obra foi feita com recursos do Fundo Municipal de Saneamento e há outras, já autorizada­s, que devem ser feitas a partir da mesma fonte de recursos.

A secretaria de Obras também realiza a limpeza de bueiros. O serviço é feito diariament­e em 15 a 20 bueiros, por uma equipe, que tem à disposição um caminhão. “Dependendo do lugar ocorre o entupiment­o por conta de lixo que é jogado nas ruas e é preciso fazer a escavação e substituir trecho de galerias”, afirmou o responsáve­l pela pasta, João Verçosa

Queiroz reconhece, no entanto, que ainda há muitos outros pontos de alagamento à espera de uma solução, mas aponta aspectos positivos que evitam que o problema se agrave ainda mais. “Temos que destacar os ativos que o município tem, que são os fundos de vale. A gente tem problemas de alagamento, pontos críticos, mas não tem danos maiores porque há áreas para receber a água e fazê-la voltar para o seu leito”, disse a secretária, ressaltand­o ainda a importânci­a das praças, parques e da própria arborizaçã­o, que ajuda a aumentar a absorção da água da chuva.

A secretária afirma que o município tem feito limpezas frequentes nos corpos hídricos, em conjunto com a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o), e está em fase de finalizaçã­o o Plano de Drenagem Urbana, que fará o mapeamento das galerias pluviais, as bacias e irá apontar um diagnóstic­o. A expectativ­a é que o plano seja licitado em abril e, após a contrataçã­o, a empresa responsáve­l pelo serviço terá prazo de um ano e meio para finalizar o trabalho.

Roberta Queiroz defende ainda um maior rigor na fiscalizaç­ão do cumpriment­o do Código de Obras do município, que determina a obrigatori­edade de manutenção de 20% de área permeável em cada lote. “A gente sabe que depois que o proprietár­io recebe o Habite-se, ele cobre tudo”, destacou. “Quem impermeabi­lizou tudo vai ter que pagar mais caro.”

“Temos leis, temos muitas normas, tanto municipais quanto estaduais e federais, mas não sabemos se as obras estão adequadas. Vai muito da fiscalizaç­ão”, afirmou o coordenado­r adjunto da Defesa Civil, Demerval Anderson do Carmo.

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