Abertura para diferentes sonoridades
“A criança que tem a oportunidade de vivenciar o processo artístico e musical de outras culturas, ouve diferente e será outro adulto.” É com propriedade e leitura que Lucy Maurício Schimiti fala sobre a educação musical em sala de aula.
Ela é docente da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e foi regente do coral infanto-juvenil da universidade durante anos. Atualmente, é assessora artística do projeto “Educação Musical Através do Canto Coral - Um Canto em Cada Canto”, desenvolvido nas escolas municipais.
Tanto no coro quanto no projeto, Schimiti sempre teve a sensibilidade de passear por outras culturas, partindo até da própria experiência em viagens. “Isso me oportunizou trazer também muitos materiais e instrumentos. No coro da UEL, em especial, explorei muitas possibilidades vocais pensando justamente na oportunidade das crianças e jovens conhecerem outras culturas”, diz.
Além dessa viagem musical, Schimiti conta que a busca pela pluralidade também tinha o objetivo de desenvolver o potencial da voz. “A partir do momento que é solicitado produzir sons diferentes, ganha-se amplitude. O ato de vivenciar outras sonoridades, especialmente pelas crianças, abre portas para que continuem cantando e pesquisando os efeitos da voz. Dessa forma, ela passa a se conhecer melhor e se permitir colocar e usar a voz de forma diferente”, conclui.
(M.O.)