Folha de Londrina

Artesã chega a ganhar R$ 3 mil no Natal

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Érica Satie Enomoto Ribeiro é filha e neta de artesãs. Ela integra o grupo Uniarts, de economia solidária, que teve início em Londrina há 10 anos. “Brincava de artesanato desde muito nova. Mas só quando fui trabalhar com minha mãe Cleusa, que já participav­a da economia solidária, que aprendi que o artesanato pode ser fonte de renda. Aprendi a calcular o preço de cada item produzido e a gerir o negócio”, conta.

A família tem a produção direcionad­a a enxoval de bebês, mas Érika está diversific­ando o trabalho com feltro para produzir bichos de pelúcia. Trabalhand­o em um grupo de quatro pessoas, elas conseguem se revezar entre produção e venda. “Cada uma tem uma escala, assim todas conseguem ter dias para produzir em casa e outros para vender”, comenta. Ela conta que cada artesã consegue uma renda entre R$ 500 e R$ 700 por mês, chegando a R$ 2 mil e R$ 3 mil no Natal.

A artesã Suzete de Jesus Soares da Silva, 47 anos, do grupo Crochê Ideal, também aprendeu o ofício ainda criança, mas a arte só virou negócio após passar por capacitaçã­o na economia solidária. “A gestão, até para organizar um negócio entre minha mãe, irmã e sobrinha, mais a formação de preço e as técnicas de vendas, são frutos dos cursos e encontros com os técnicos do Centro de Economia Solidária”, aponta.

Apesar de uma participaç­ão expressiva de mulheres nos grupos, segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicada em 2016, a maioria do quadro social dos empreendim­entos no Brasil é composta por homens (56,4%) contra 43,6% de mulheres.

(M.M.)

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Gustavo Carneiro Érica Satie Enomoto Ribeiro aprendeu a calcular preço e gerir o negócio no Centro de Economia Solidária

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