Londrina conta com serviço da UEL
Em Londrina, o SAG (Serviço de Aconselhamento Genético) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) oferece aconselhamento genético para famílias com risco de terem filhos com doenças, como por exemplo casais de primos ou que tenham tido um filho com alguma doença rara. “Também recebemos pacientes indicados por outros médicos, quando não há conclusão sobre o diagnóstico. Ajudamos a interpretar exames, explicamos sobre o curso das doenças e os riscos de voltarem a ocorrer na mesma família”, explica o doutor em genética Wagner José Martins Paiva, coordenador do Serviço.
O especialista relata que só não atendem mais casos porque a estrutura do serviço é pequena, mas que na região há demanda reprimida. “Doenças raras afetam 10% da população e 80% delas são de origem genética”, esclarece.
Muitas têm diagnóstico provável a partir da análise de cromossomos, como é o caso da Síndrome de Down. Outras, porém, precisam de análise de DNA e histórico familiar. “O atendimento e o diagnóstico ocorrem caso a caso. “Não há um protocolo comum a todos pois muitos ainda nem eram conhecidos”, diz.
Paiva apoia a oferta de aconselhamento pré-nupcial desde que não se tente influenciar a decisão dos casais sobre ter ou não ter um filho. “O aconselhamento não pode oferece solução. A ideia é apenas deixá-los preparados”, afirma.
O que ele teme, entretanto, é que a proposta de aconselhamento do Ministério tenha um viés de eugenia, na medida em que pode incentivar a “exterminação”. “O importante é ter informação, mas a decisão tem sempre que ser da família”, reforça.