Folha de Londrina

Polêmicas e números esquentam decisão do Campeonato Paulista

Divergênci­a de dados históricos, confusões nos últimos encontros e invencibil­idade de Carille contra o rival estão entre os fatores que apimentam final entre Corinthian­s e Palmeiras

- Esporte@folhadelon­drina.com.br Daniel Batista Matheus Lara Agência Estado

São Paulo

- Após 19 anos, Corinthian­s e Palmeiras voltam a decidir um título, e com diversos motivos para se prever duas grandes partidas. Confusões nos últimos encontros, divergênci­a de dados históricos, tabus, busca pelo bicampeona­to estadual por parte do time alvinegro, primeira decisão entre eles nos dois estádios mais modernos do Estado. Sobram motivos para crer em uma decisão emocionant­e a partir deste sábado (31), às 16h30, na Arena Corinthian­s.

No último encontro, realizado em fevereiro, vitória corintiana por 2 a 0, e a polêmica foi a marcação de um pênalti de Jailson em Renê Júnior. O árbitro Raphael Claus marcou o lance bem depois do acontecido, para a revolta palmeirens­e. O goleiro chegou a falar “que passaram a mão” no Palmeiras, acusando a arbitragem de beneficiar o rival. A expulsão e a reclamação resultaram em punição para Jailson, que tem jogado sob efeito suspensivo, sendo que o seu novo julgamento será na terça-feira (3). Caso seja punido, estará fora da segunda final.

No ano passado, o encontro também foi parar nos tribunais. Clayson e Felipe Melo, que deverão ser titulares, discutiram nos vestiários e chegaram a arremessar objetos um em direção ao outro. Ambos foram punidos pelo STJD.

Mas nenhuma polêmica foi tão lembrada nos últimos dias quanto a ocorrida na última vez em que se enfrentara­m valendo título. Em 1999, também pelo Paulistão, Edilson transformo­u o jogo em uma pancadaria ao fazer embaixadin­has e causar a ira dos palmeirens­es. A partida foi encerrada antes dos 45 minutos do segundo tempo e o Corinthian­s sagrouse campeão (venceu o primeiro jogo por 3 a 0 e empatou o segundo em 2 a 2).

A rivalidade é tão grande que Corinthian­s e Palmeiras não conseguem se entender nem em relação ao retrospect­o histórico. Os palmeirens­es consideram dez partidas a mais, referentes ao Torneio Início e à Taça Henrique Mudel, de 1938, além de um WO.

Nas duas contas, o Palmeiras leva a melhor. Segundo os alviverdes, são 129 vitórias, 126 derrotas e 110 empates. Já os corintiano­s dizem que são 125 resultados positivos aos palmeirens­es, 124 para os corintiano­s e 106 empates. Se a história total é favorável aos comandados de Roger Machado, o retrospect­o recente é corintiano. Desde que assumiu o time, ano passado, o técnico Fábio Carille só venceu:1a0,2a0,3a2e2a0.

“Nos últimos dois anos, o retrospect­o está a favor do nosso adversário, mas se pegar os últimos dez anos, está igual. Se pegar historicam­ente, a gente es- tá na frente”, analisa Roger.

Conquistar o título terá um sabor especial ao Palmeiras. Além de evitar o bicampeona­to do rival, a equipe alviverde acabará com o tabu de dez anos sem ganhar o Paulistão. A última vez foi no antigo Palestra Itália, diante da Ponte Preta.

Nesta sexta-feira (30), mais de 500 torcedores alviverdes foram ao CT para mostrar apoio ao time no último treino antes da final. O clima foi de festa, com gritos e cantos que lembravam conquistas sobre o Corinthian­s, como no Estadual de 1993. O Palmeiras estuda a possibilid­ade de abrir um treino no Allianz Parque antes da decisão.

A disputa dos estádios é mais um ingredient­e da decisão. Allianz Parque e Arena Corinthian­s receberão a primeira decisão entre os rivais.

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Dudu, destaque alviverde, e Rodriguinh­o, autor do gol que levou a semifinal contra o São Paulo para os pênaltis, são candidatos a protagonis­tas dos dois jogos decisivos
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