Sucesso, agenda e cachê definem as contratações
A grade de shows da ExpoLondrina começa a ser definida cerca de cinco meses antes do início do evento. “Em outubro ou novembro a gente abre as negociações convocando os empresários do setor para que eles nos indiquem quais artistas têm datas disponíveis na agenda no período em que acontece a exposição”, esclarece o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Afrânio Brandão.
Ele explica que com a lista dos artistas com datas disponíveis em mãos, outros critérios passam a ser decisivos para definir a programação artística do evento. “A partir da indicação dos empresários do ramo, a gente procura saber quem tem lotado shows em outros parques da região e quem está com música estourada em todo o Brasil. Levamos em conta ainda a criação de uma grade com diversidade de estilos que agradem a públicos diversos, com atrações para crianças, jovens, adultos e também os mais velhos”, detalha.
Foi por falta de agenda que a diretoria da ExpoLondrina não conseguiu contratar a dupla Chitãozinho & Xororó neste ano. O valor do cachê cobrado pelos artistas também é decisivo na hora da contratação. “Precisamos pensar se o retorno com os ingressos será compatível com o cachê cobrado. Normalmente, os valores giram entre R$ 80 mil e R$ 300 mil, dependendo do sucesso que o artista está fazendo”, afirma Brandão.
O presidente da Sociedade Rural do Paraná enfatiza que os critérios adotados durante as negociações não impedem algumas surpresas. “No ano passado, por exemplo, um empresário sugeriu a contratação do DJ Alok afirmando que ele estava em alta em todo o País. Ficamos com receio pois nunca havíamos colocado um DJ como atração principal. Mas a apresentação dele foi um sucesso e os ingressos se esgotaram com uma semana de antecedência. O contrário também acontece. Contratamos um artista que estava em alta na época do agendamento, mas que vendou poucos ingressos para o show que fez em Londrina. Meses depois esse mesmo artista se apresentou em Umuarama e foi recorde de público”, revela.
(M.R.)