Folha de Londrina

‘Papel central nos crimes’

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O advogado de Guerra, Rodrigo Antunes, considera que a comutação da pena foi “um avanço”. “Ele responde por peculato, mas nós mostramos que os desvios na Rio Tibagi eram para pagamentos de horas extras, que não eram contabiliz­adas, mas eram pagas”, afirma. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Gayer.

Moro manteve as prisões cautelares de Hélio Ogama e de Nelson Leal Júnior por considerar que ambos têm “papel central nos crimes” descritos pelo MPF. Para o magistrado, Ogama não agiu para esclarecer fatos, apurar responsabi­lidades internas e punir os responsáve­is pelas suspeitas levantadas à empresa da qual era diretor. “(...) ao contrário, os esclarecim­entos prestados pela empresa foram obscuros, como se os fatos tivessem ocorrido em tempo e local distante e não na própria empresa”, escreve Moro, justifican­do que a concessão da liberdade traria “risco de que novamente interfira [ Ogama] junto à empresa para impedir a apuração apropriada dos fatos”.

Sobre Leal, Moro considera que as denúncias o colocam como líder de um esquema criminoso conjunto, já que são atribuídas lava- gem de dinheiro também a subordinad­os dele no DER. Além disso, como atuava no departamen­to desde 2013, o juiz considera que “é certo que mantém vínculos com servidores da ativa e que solto pode perturbar a investigaç­ão”.

O advogado de defesa, Beno Brandão, disse que deve impetrar um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4 ª Região ( TRF-4) na próxima semana. Para ele, uma sentença arbitrada em

R$ 3 milhões “é o mesmo que negar a liberdade”. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Leal.

(L.F.W.)

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