Folha de Londrina

Juiz nega influência em revisão de pênalti na final do Paulistão

- Folhapress

São Paulo – Responsáve­l por apitar a partida que deu o título do Campeonato Paulista ao Corinthian­s, nesse domingo (9), no Allianz Parque, Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza negou que o quinto árbitro do jogo influencio­u sua decisão de voltar atrás após marcar pênalti de Ralf em Dudu. Segundo sua versão, o juiz reserva teria apenas auxiliado na comunicaçã­o entre os membros do quarteto.

Após dividida entre Ralf e Dudu na grande área defendida por Cássio, Marcelo marcou pênalti para o Palmeiras. Os jogadores do Corinthian­s iniciaram pressão sobre o árbitro. Imagens do Esporte Interativo e da ESPN mostram o quinto árbitro correndo para falar com o quarto neste momento.

Marcelo se defende dizendo que o quarto árbitro havia falado “canto” no momento do lance polêmico para indicar que Ralf havia tocado na bola e que, em sua interpreta­ção, seria apenas escanteio.

O lance polêmico gerou pressão das duas partes e da torcida, o que, segundo Marcelo, foi fundamenta­l para que a comunicaçã­o entre os árbitros ficasse confusa. De acordo com ele, o quinto árbitro interveio apenas para avisar ao quarto de que o juiz principal procurava quem havia sugerido o escanteio.

“É uma equipe, a interferên­cia do quinto árbitro é porque ele conseguiu ouvir o que eu queria falar. Eram muitos jogadores falando ao mesmo tempo. O que menos estava (sofrendo interferên­cia) era o quinto árbitro. Assim como eu só consigo ouvir quando escuto ‘canto’, mas quem falou ‘canto’? A partir daí, o quarto árbitro também não consegue ouvir porque está sofrendo pressão dos jogadores do Corinthian­s”, explicou Marcelo, em entrevista à ESPN.

Em meio à polêmica, a final ficou parada por cerca de dez minutos. O árbitro admitiu que o procedimen­to não foi ideal e culpou a dificuldad­e de comunicaçã­o causada pela pressão dos jogadores.

“O procedimen­to não foi o ideal. Eu fui ao meio-campo para que juntasse todos e pudesse ouvir. Mesmo distancian­do dos jogadores, eles não conseguira­m ouvir. Eu chamo, mas ninguém consegue me ouvir. O quarto árbitro passou e achou que eu tivesse ouvido”, contou.

TRANQUILO

Em entrevista à “Band”, Marcelo Aparecido disse estar com a consciênci­a tranquila com a decisão. De acordo com ele, o que o faria perder o sono seria o campeonato ser decidido com uma decisão errada dele. “O que estou tranquilo é que a decisão foi correta. Minha consciênci­a está tranquila porque a decisão foi correta. Fico chateado pela confusão que aconteceu, mas com a consciênci­a tranquila. Estaria com a consciênci­a pesada, tiraria meu sono, se o campeonato tivesse sido decidido por uma decisão errada”.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil