Folha de Londrina

Apenas um cartão no bolso

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A Peic (Pesquisa de Endividame­nto e Inadimplên­cia do Consumidor), realizada pela CNC (Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgada no início de abril, aponta que o cartão de crédito continua sendo o grande vilão do endividame­nto do brasileiro. As dívidas no cartão foram citadas por 76,4% das famílias endividada­s.

Com as exigências cada vez menores para liberação de um cartão, principalm­ente os de marcas próprias, cria-se a ilusão de crédito fácil, mas essa facilidade traz embutido um custo que passa desaperceb­ido pelo consumidor: juros altíssimos.

A Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) fez um levantamen­to sobre o CET (Custo Efetivo Total) e dos cartões de créditos de lojas, supermerca­dos e bandeiras de combustíve­is e chegou a conclusão de que, apesar do sucesso deles, da promessa de ausência de custos e pouca burocracia para aquisição, eles não são tão vantajosos assim. Na avaliação de 37 cartões foram encontrada­s taxas de do rotativo chegando a 875,25% ao ano.

“Quanto mais fácil o crédito, mais caro ele fica. A falta de burocracia, sem avaliação de perfil e renda, o cartão super-rápido e simples geram um custo alto e o consumidor precisa ficar atento a isso”, disse Renata Pedro, especialis­ta em crédito da Proteste.

Para a especialis­ta, o consumidor precisa analisar o seu perfil de compras antes de decidir pelo cartão da loja. É vantajoso para quem tem o perfil de comprar regularmen­te naquele estabeleci­mento e assim consegue aproveitar as vantagens oferecidas pelo uso do cartão. Mas o comprador eventual precisa avaliar os custos de manutenção.

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