Erros no manejo e dieta são comuns
Professor do departamento de clínica e cirurgia e reprodução animal da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) de Araçatuba, Luiz Cláudio Nogueira Mendes relatou durante o VII Encontro de Buiatria da Região Norte do Paraná que o cálculo urinário é bastante frequente em animais confinados, uma estratégia de produção das mais utilizadas em ovinos. “O que nós mostramos é que a maioria das causas são por erros de manejo.”
Ele citou, por exemplo, uma relação equivocada entre cálcio e fósforo na dieta, geralmente com mais volume do segundo elemento químico na alimentação. “Outro fator é o excesso de proteína na ração, passando dos 18% e começando a gerar problemas. A baixa quantidade de fibras também. Por fim, (a falta de) acesso à água dentro do cocho, porque o pessoal se preocupa mais com a ração. Tudo isso favorece que os minerais se depositem e formem os cálculos na bexiga.”
Baseado em sua bagagem com os animais de duas décadas no estado de São Paulo, Mendes disse ainda que este é um momento complicado para o setor, que consegue vender as carcaças por um bom preço, com a cadeia produtiva estruturada, mas ainda falta volume para suprir a demanda. “Temos tecnologia, genética, produtores bem formados, mas a informalidade ainda é grande e o maior problema continua sendo a (falta) de mão de obra.”
(V.L.)