‘Nosso fio foi reposicionado para ter mais qualidade’
O projeto “Seda – o fio que transforma” é uma iniciativa da UEL com instituições parceiras, como a Sociedade Rural do Paraná, Emater, empresa Bratac e Apeiex (Fundação Araucária). Cristianne Cordeiro Nascimento é coordenadora do projeto de design da UEL e também diretora de inovação e desenvolvimento da Abraseda (Associação da Associação Brasileira de Seda). Ela destacou que o mercado tem muito a crescer. E ressaltou que 76% do mercado de casulo estão no Paraná. “Em Londrina está a única fiação do hemisfério ocidental. O nosso fio foi reposicionado para ter mais qualidade, pois na quantidade não podemos competir com a China, que é um grande mercado que consome 80% do que é produzido no mundo”, apontou. “Queremos que esse bicho produza um casulo com fio de qualidade cada vez melhor e como toda a produção do Estado vem para Londrina, é a seda londrinense que é exportada”, destacou. Ela explicou que no Estado existem 2.500 pequenos produtores em 183 municípios.
A secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior assinou, em março, um termo de cooperação para apoio ao projeto, que busca aprimorar a cadeia de produção de seda de Londrina e vai beneficiar agricultores e artesãos, além de interessados em uma nova fonte de renda. O termo prevê investimento de aproximadamente R$ 300 mil, recursos do Fundo Paraná, que deverão custear bolsas de estudos e equipamentos.
Nascimento explica que o bicho-da-seda pode ser usado também na medicina, em tratamento de queimados por exemplo, e na alimentação de peixes.
(V.O.)