Folha de Londrina

Osmar Dias desconvers­a sobre alianças e critica ‘leilão’ de partidos

Pedetista confirma apenas a coligação com o Podemos, do senador Alvaro Dias, e diz que “janela partidária” contribui para “avacalhar a visão dos políticos junto à opinião pública”

- Guilherme Marconi Reportagem Local politica@folhadelon­drina.com.br

Opré-candidato ao governo estadual pelo PDT em 2018, Osmar Dias, afirmou nesta quartafeir­a (11), durante visita à Exposição Agropecuár­ia e Industrial de Londrina, que não está procurando alianças partidária­s para as eleições de outubro. “Estou preocupado em elaborar um bom projeto para o Paraná. Não corro atrás de legendas para rechear a minha candidatur­a. Eu apenas coloco o planejamen­to na mesa, e aqueles que aceitarem as propostas serão bem-vindos. Tem que ser do meu jeito”, frisou. O pedetista confirmou apenas a coligação com o Podemos, do senador Alvaro Dias, já confirmado como pré-candidato à Presidênci­a da República.

Osmar criticou o ‘leilão’ feito durante a chamada ‘janela partidária’ de 30 dias que terminou na última sexta-feira (6), na qual cerca de 80 deputados federais e 12 estaduais migraram de legenda de olho em mais espaço no pleito. “Contribuiu apenas para avalacalha­r ainda mais a visão dos políticos para opinião pública, eu quero ficar a par disso.”

Para Osmar, “o Paraná tem muitas oportunida­des de cresciment­o que não estão sendo exploradas”. E é com base neste conceito que o pedetista assegura ter desenvolvi­do suas ideias. “Não nego o meu passado. Já trabalhei para o agronegóci­o, agora pretendo fomentar a parte urbana”. Em uma clara referência à gestão Beto Richa, que deixou o Palácio do Iguaçu no final de março para concorrer ao Senado, ele citou que “não aprova o modelo atual de administra­ção. Felizmente que isso está acabando. Sou o único candidato que pode propor isso”, opinou. O ex-senador criticou ainda indicações políticas em empresas públicas como a Copel e Sanepar.

Apesar de militar no PDT, Osmar Dias garantiu que irá apoiar o irmão, o senador Álvaro Dias. Osmar reiterou que não haverá conflito com o presidenci­ável Ciro Gomes (PDT ) que é da mesma legenda. “Sou e continuare­i a ser leal ao Alvaro. Esse assunto já foi superado com a Executiva nacional. Reitero que não colocarei na mesa essa negociação entre os partidos e políticos”. Osmar não confirmou se o MDB, do senador Roberto Requião, irá compor a chapa, mas também não descartou a possibilid­ade.

PESQUISA O pedetista também foi enfático quando questionad­o sobre o resultado da pesquisa do Ibope Inteligênc­ia/ CBN Cascavel, que mediu a intenção de voto para o governo estadual, a primeira de 2018. “Os outros dois (Cida Borghetti, do PP, e Ratinho Júnior, PSD) são candidatos há sete anos. Não tenho cargo, nem mandato. Mesmo assim, gostei da receptivid­ade dos eleitores”.

O levantamen­to mostrou que Ratinho Jr. aparece em primeiro lugar, com 34%, seguido por Osmar, com 28%. O resultado garante empate técnico, levando em consideraç­ão a margem de erro de três pontos. Cida Borghetti aparece em terceiro com 5%, seguida de Dr. Rosinha (PT) com 3%.

PROPOSTAS Entre as prioridade­s na

plataforma de governo Osmar Dias pretende investir, com apoio das universida­des, em pesquisa para desenvolvi­mento do agronegóci­o e da indústria.

“As universida­des não podem ser tratadas como um peso para Estado, mas é preciso que participem como um parceiro em todas as regiões.” Ele evitou fazer promessas de investimen­tos em infraestru­tura. Entretanto, não descartou apresentar um modelo “viável” e com “preço justo” de pedágio para duplicação da PR-445 para atender a demanda na região.

As universida­des não podem ser tratadas como um peso para o Estado, mas é preciso que participem como um parceiro”

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Saulo Ohara Ex-senador Osmar Dias: “Não corro atrás de legendas para rechear a minha candidatur­a”
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