Folha de Londrina

Defesa de irmã de Aécio quer que STF adie julgamento

- Rafael Moraes Moura Amanda Pupo Agência Estado

Brasília - A defesa de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pediu nesta quarta-feira (11), ao STF (Supremo Tribunal Federal) o adiamento do julgamento marcado para a próxima terça-feira (17), quando a Primeira Turma da Corte decidirá se aceita ou não a denúncia contra ela, o senador Aécio Neves, seu primo Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamenta­r do senador Zezé Perrella (MDB-MG).

Todos negam irregulari­dades e foram denunciado­s pela Procurador­ia-Geral da República (PGR) no âmbito do mesmo inquérito, com base na delação de executivos da J&F. Se o pedido da defesa de Andréa Neves for aceito o julgamento do tucano também será adiado.

O advogado Marcelo Leonardo, responsáve­l pela defesa de Andrea, alega que na mesma data e no mesmo horário previsto para a discussão do recebiment­o ou não da denúncia no STF, ele deverá fazer a sua sustentaçã­o oral no julgamento de um outro caso, na 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça). “Este pedido tem suporte legal, por analogia, no disposto no artigo 265, §§1º e 2º, do CPP, que admite o pedido de adiamento de ato processual, quando o advogado está impossibil­itado de comparecer, desde que feito com antecedênc­ia e comprovado o motivo”, observa o advogado da irmã de Aécio.

O caso é referente ao inquérito no qual o tucano é acusado dos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Entre as acusações está a gravação na qual o senador pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F. O senador responde a nove inquéritos no Supremo, sendo cinco derivados das investigaç­ões da Odebrecht e dois ligados às delações da JBS.

Também são acusados de corrupção passiva nesse inquérito a irmã do senador, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima.

Por meio de nota, a defesa de Aécio afirmou na última terça-feira, 10, que o senador “vem demonstran­do que ele foi vítima de uma situação forjada, arquitetad­a por criminosos confessos” e que “buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico”.

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