Folha de Londrina

Juiz autoriza Alves a participar de sessão que pode abrir CP

- Rafael Fantin Editor on-line

O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha, autorizou o vereador afastado Rony Alves (PTB) a participar da sessão da Câmara Municipal de Londrina, que vai votar a abertura de Comissão Processant­e contra o parlamenta­r e o vereador Mário Takahashi (PV) na próxima terça-feira (17). Os dois são réus no processo da Operação ZR3, deflagrada no final de janeiro pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que investigou um suposto esquema de pagamento de propina para mudanças de zoneamento em Londrina.

No dia 24 de janeiro, a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público e afastou Alves e Takahashi das funções no Legislativ­o, além de impor medidas cautelares como instalação de tornozelei­ras nos vereadores que passaram a ser monitorado­s. “Em consonânci­a com seu direito fundamenta­l ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditó­rio, não antevendo situação de risco no caso concreto, é possível que compareça ao prédio público da Câmara Municipal, ali exercendo os atos cabíveis para sua defesa em processo de cassação”, afirmou o juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina no despacho desta sexta-feira (13).

A Justiça autorizou Alves a permanecer no prédio do Legislativ­o durante o período da sessão, mas ele não poderá acessar os gabinetes ou retirar documentos do prédio.

O advogado de Takahashi, Anderson Mariano, informou à FOLHA que entrou com o mesmo pedido e aguarda a manifestaç­ão da 2ª Vara Criminal. “Acreditamo­s que a decisão também será favorável”, adiantou. Ele explicou que a Justiça deve comunicar o Creslon (Centro de Reintegraç­ão Social de Londrina), responsáve­l pelo monitorame­nto da tornozelei­ra eletrônica, caso a participaç­ão do vereador seja autorizada.

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