Câmara de Cambé confirma realização de concurso
O TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) recebeu uma denúncia anônima questionando os valores dos vencimentos dos cargos que serão preenchidos na Câmara de Vereadores de Cambé por meio de concurso, programado para este domingo (15). A acusação também contesta as gratificações que estão previstas no edital da prova. O órgão encaminhou a representação para sua Ouvidoria, para registro, e Coordenadoria de Fiscalização. É a coordenadoria que delibera, ou não, pela necessidade de abertura de investigação, o que não ocorreu até o momento neste caso.
“O problema é que um portal do município de Cambé publicou o despacho e dizendo, de forma inverídica, que o TCE estaria investigando irregularidades do concurso. Estamos reforçando que este conteúdo (da denúncia) não tem nada a ver com o concurso. Ratificamos a lisura do certame”, garantiu o advogado da Casa, Jackson Romeo Ariukudo. A denúncia questiona se os valores que serão pagos para as vagas ofertadas estão de acordo com a legislação. O legislativo ainda não foi notificado pelo TCE.
Por conta da divulgação do conteúdo pelo veículo de comunicação da cidade, muitos candidatos começaram a ter dúvidas sobre a aplicação da prova. O defensor garantiu que o concurso será realizado normalmente. A mesma denúncia foi levada ao MP (Ministério Público) em março. “A dúvida que se tinha, e que o MP nos notificou no dia 20 de março, era a respeito dos vencimentos, se eles estariam de forma isonômica do poder executivo. Esclarecemos, na ocasião, que isto havia sido por meio de projeto de lei e que o limite da renumeração do município é o do prefeito e que isso havia sido respeitado, conforme a lei foi homologada.”
O edital prevê o preenchimento de 15 vagas nos cargos de advogado (1), contador (1), auxiliar administrativo (11), telefonista (1) e motorista (1). Mais de 13 mil pessoas se candidataram. A prova é organizada pela Cops (Coordenadoria de Processos Seletivos) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e será realizada em 18 locais de Londrina. “A Cops não tem nada a ver com os salários da Câmara. Fomos contratados para organizar, elaborar, aplicar e corrigir as provas”, elencou Cristiane Medina, coordenadora da Cops. Segundo ela, quando a informação sobre a investigação começou a ser difundida nas redes sociais, na quinta-feira (12), dezenas de pessoas procuraram a instituição incessantemente.