Folha de Londrina

Estudantes indígenas fazem pressão para receber bolsas

- Isabela Fleischman­n Reportagem Local

Os estudantes indígenas da UEL (Universida­de Estadual de Londrina) realizaram na tarde desta sextafeira (13), um protesto em frente à reitoria da instituiçã­o. Eles reivindica­m um melhor controle no pagamento das bolsas. O auxílio permanênci­a, de R$ 900, está atrasado há dois meses para quatro indígenas. Outros 29 estudantes tiveram problemas com atraso nos repasses. A assessoria da UEL informou que as bolsas já começaram a ser pagas - conforme a Sefa (Secretaria da Fazenda) havia prometido e que até terça-feira da próxima semana todos os pagamentos estarão regulariza­dos.

Alexandro da Silva, estudante de ciências sociais, contou que o pagamento já foi feito para alguns alunos, mas o problema é que essa situação acontece regularmen­te. “Quatro alunos não recebem há dois meses e correm o risco de não permanecer na universida­de porque dependem dessa bolsa”, disse. Segundo o estudante, uma reunião com representa­ntes da UEL, da Fazenda e indígenas será realizada na próxima semana. “Para nós isso é importante porque dois indígenas estarão presentes. A Sefa sempre alega que a UEL está mandando dados errados. Por isso pedimos o encontro, para esclarecer o que está acontecend­o”. Silva ainda expôs que esses atrasos ameaçam o direito de permanênci­a dos indígenas, que dependem do dinheiro para se deslocar das aldeias até a universida­de ou se manter em Londrina, pagando aluguel, alimentaçã­o e transporte. “Se continuar desse jeito a maioria dos indígenas não vai continuar na UEL”, afirmou.

Além dos estudantes indígenas, residentes técnicos que trabalham em secretaria­s e entidades ligadas ao governo estadual se queixam de problemas com o recebiment­o da bolsa-auxílio, no valor de R$ 1.900, desde o início do ano. O projeto de Residência Técnica do Estado, que existe desde 2008, permite que profission­ais recém-formados atuem na área e se especializ­em. No entanto, durante o período de residência, os bolsistas não podem exercer outras atividades remunerada­s. Segundo os afetados, os atrasos teriam começado após a troca do sistema de pagamentos da UEL, previsto pelo Meta 4. A Sefa credita o problema a erro no cadastro dos bolsistas.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil