Folha de Londrina

‘Ação foi feita porque era o correto’

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São Paulo - feita pelo Reino Unido e outros países no sábado”, afirmou ele.

Em resposta, o representa­nte britânico na Opaq, Peter Wilson, afirmou em entrevista coletiva em Haia, na Holanda, que a equipe foi liberada pela ONU para ir a Douma, mas não conseguiu chegar ao local porque Rússia e Síria não deram garantias de segurança.

Ele disse que o acesso sem restrições ao local é necessário

A primeira-ministra britânica Theresa May disse nesta segunda-feira (16) ao Parlamento britânico que autorizou o ataque aéreo contra a Síria porque a decisão era moral e legalmente correta e não como resultado de pressão exercida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Nós não fizemos isso porque o presidente Trump nos pediu, nós fizemos porque acreditamo­s que era a coisa certa a fazer, e não estamos sozinhos. Há amplo apoio internacio­nal para a ação que tomamos”, disse ela, que enfrentou pressão dos parlamenta­res, em especial da oposição.

Os deputados criticaram o fato de May não ter pedido o apoio do Parlamento para o bombardeio realizado no última sábado (14, noite de sexta no Brasil) em parceira com os Estudos Unidos e a França.

Segundo ela, teria sido impossível levar a questão à Câmara dos Comuns porque esta estava em recesso e parte das informaçõe­s que basearam a ação eram confidenci­ais e não podiam ser compartilh­adas. “Nós sempre deixamos claro que o governo tem o direito de agir rapidament­e para garantir o interesse nacional”, afirmou ela.

As afirmações de May foram uma resposta às declaraçõe­s do líder da oposição, o trabalhist­a Jeremy Corbyn, que disse que o ataque era legalmente questionáv­el e que a primeirami­nistra tinha seguido as orientaçõe­s de Trump.

A defesa de May no caso aconteceu no mesmo dia que a equipe da Opaq (Organizaçã­o para a Proibição de Armas Químicas) foi impedida de chegar até Douma para analisar o local onde teria acontecido o ataque químico feito por Damasco.

Londres e seus aliados culpam o governo sírio e a Rússia, aliada do ditador Bashar al-Assad, pelo uso das armas químicas e, por isso, realizaram o bombardeio de sexta-feira. Moscou e Damasco negam envolvimen­to no caso.

“Nós não podemos permitir que o uso de armas químicas se torne algo normal, seja na Síria, nas ruas do Reino Unido ou em outro lugar”, disse May ao Parlamento, ligando ataque ao caso do exespião russo Serguei Skripal, envenenado em 4 de março na cidade britânica de Salisbury.

(Folhapress)

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