Ministério Público investiga “supersalários” na Caapsml
O promotor Ricardo Bevenhu do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção em Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) instaurou nesta terça-feira (17) procedimento para investigar denúncia do final de 2016 sobre desvio de recursos da Caapsml (Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina). Segundo a denúncia um servidor estaria alterando os próprios rendimentos no sistema e recebendo salários de até R$ 80 mil, mas outros servidores também estariam recebendo salários maiores do que o teto constitucional, ou seja ganham mais do que o prefeito, o que é ilegal. Por meio da assessoria do Ministério Público Estadual, o promotor disse que ainda não vai se manifestar porque está no início das investigações.
O Corregedor-geral do município, Alexandre Tranin, explicou que paralelamente está em curso uma sindicância que investiga esses servidores e que somente agora, por conta do enorme volume de documentos, esta sindicância deve ser encerrada. Ele não revelou quantos são os servidores, mas disse que são “vários”.
A FOLHA tentou o contato com o superintendente da Caapsml, Marcos Urbaneja, mas ele não atendeu o celular no final da tarde desta quarta-feira (18). Mais cedo em entrevista ao blog do jornalista Lino Ramos, ele afirmou que enviou ao MP um relatório de mais de 50 páginas com todos os itens contidos no pagamento dos servidores.
“Temos um caso que já foi até noticiado há um tempo atrás de um procedimento errôneo de um servidor e que está sendo apurado pela CGM, e a Controladoria-Geral do município também já finalizou um relatório sendo disponibilizado para o Ministério Público demonstrando todos os valores que foram pagos indevidamente”, afirmou. O superintendente também garantiu que o município vai requerer o ressarcimento dos valores, o que deve ser feito também pelo MP.
Servidor estaria recebendo salários de R$ 80 mil mensais, segundo denúncia