Folha de Londrina

Fracasso de bilheteria

Tubarão tem o segundo pior público da rodada de estreia da Série B; técnico pede mobilizaçã­o

- Lucio Flávio Cruz Reportagem Local

Não é de hoje que o Londrina tem convivido com públicos muito pequenos nos seus jogos no estádio do Café. Porém, a presença do torcedor tem diminuído ano a ano e chegou ao ápice em 2018. Na primeira rodada da Série B, o LEC teve o segundo pior público entre as oito partidas realizadas com portões abertos.

Até agora, o alvicelest­e disputou oito partidas como mandante – seis pelo Paranaense, uma pela Copa do Brasil e a estreia no Brasileiro – e conseguiu levar apenas 11.569 torcedores ao Café, o que dá uma média de 1.446 pagantes por jogo. Levando em conta só o Estadual, a média cai para 1.362.

O maior público nesta temporada foi na derrota de 3 a 0 para o Coritiba no primeiro turno do Paranaense, quando 2.664 torcedores pagaram ingressos. Por outro lado, o clube teve três confrontos com menos de mil pagantes. O pior público do ano foi na goleada por 4 a 1 sobre o Rio Branco, com 726 pagantes. Contra o Prudentópo­lis, o público foi de 814, e diante do União, 856. Nem a Copa do Brasil foi capaz de empolgar a torcida. Na eliminação para o Ceará, apenas 1.929 torcedores pagaram ingresso.

A estreia na Série B, no último sábado, na vitória por 1 a 0 diante do Boa Esporte, teve apenas 1.467 pagantes para uma renda de R$ 37.949,00. Tirando todas as despesas da partida, o clube teve um prejuízo de R$ 5.726,15. O público do estádio do Café só foi maior do que o da Arena Barueri, onde 1.246 torcedores pagaram para assistir à vitória do Oeste diante do CRB.

O maior público da rodada de abertura do Brasileiro foi na Arena Castelão, com 11.839 pagantes para o jogo Fortaleza 2 x 1 Guarani. Lembrando que os confrontos entre Sampaio Corrêa e Coritiba e Ponte Preta e Paysandu foram disputados com portões fechados, em razão de punições sofridas pelos mandantes.

Na Série B do ano passado, enquanto a média final da competição foi de 5.957 pagantes por partida, o Londrina conseguiu levar apenas 2.917 torcedores por jogo. Entre as 128 equipes que disputaram as quatro divisões do Campeonato Brasileiro de 2017, o Londrina foi apenas o 48º colocado em média de público.

PASSAPORTE

Com o fim do seu programa de sócio-torcedor, o Londrina apostou neste ano no Passaporte Série B, que oferece ingressos para os 19 jogos do time em casa e ainda uma camisa oficial do clube. De acordo com o LEC, 700 pacotes foram vendidos até a estreia, mas, segundo o borderô oficial do jogo, apenas 410 comparecem ao Café no primeiro jogo do Brasileiro.

Como forma de incentivar o torcedor a adquirir o Passaporte, o LEC aumentou o valor das entradas nas bilheteria­s. O ingresso de arquibanca­da passou a custar R$ 50 e as cadeiras, R$ 80.

GIGANTE ADORMECIDO

O técnico Marquinhos Santos lamenta os públicos pequenos até aqui nos jogos da equipe e ressalta que só com o apoio irrestrito do torcedor o Londrina vai brigar pelo acesso. “Temos que fazer do estádio do Café a nossa fortaleza e por isso a importânci­a do torcedor. O Londrina é um gigante adormecido e que está faltando muito pouco para ser acordado. E às vezes é o berro do torcedor que faz acordar”, aponta. “O torcedor tem que acreditar e confiar. Nos últimos anos todos os times que subiram tiveram um apoio grande da torcida. Mas, tenho certeza de que com uma sequência de resultados positivos o torcedor vai voltar em grande número ao Café”.

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Ricardo Chicarelli/14-04-2018 Apenas 1.467 torcedores pagaram ingresso contra o Boa, no último sábado; clube ainda aposta no sócio-torcedor

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