Folha de Londrina

Volatilida­de pede mais cuidado na compra de dólar

Em viagens planejadas, compra deve ser por etapas para reduzir riscos

- Nelson Bortolin Reportagem Local

Dizem os analistas que câmbio é um tipo de investimen­to que só deve ser feito por quem conhece muito bem o mercado. Mas todo cidadão que vai viajar para fora do País precisa comprar alguma quantidade de moeda estrangeir­a. Em tempos de alta volatilida­de do dólar, o cuidado deve ser redobrado.

Neste ano, o valor mínimo para compra da moeda foi de R$ 3,13, dia 25 de janeiro, pela média calculada pelo Banco Central (Ptax).A partir de fevereiro, o dólar começou a subir, atingindo um pico de R$ 3,42 dia 16 de abril. A variação é de mais de 9%.

Quando a viagem é programada com antecedênc­ia, a dica básica é fazer a compra por etapas, por exemplo, uma vez por mês. Essa medida diminui o risco de se comprar somente pelas piores taxas. E vale a pena pesquisar os preços. Há diferenças significat­ivas entre as corretoras de câmbio e também entre as cidades. Normalment­e, em São Paulo, a taxa é melhor. A quantidade de moeda a ser comprada também é determinan­te para o preço.

Segundo levantamen­to do Banco Central, a diferença entre a melhor e a pior tarifa praticada entre as corretoras brasileira­s em fevereiro deste ano foi de 29%.

O valor do dólar turismo (usado para viagens) é sempre mais caro que o do comercial (para transações financeira­s entre empresas e governos) devido a impostos e custos logísticos. E a compra pelo cartão pré-pago tem sempre preço mais alto que a de moeda em espécie porque o IOF (Imposto sobre Operações Financeira) cobrado pelo governo entre as duas modalidade­s é bem diferente. A alíquota da primeira é de 6,38% e a da segunda, de 1,10%.

Segundo o site www. melhorcamb­io. com, a taxa do dólar turismo no final da tarde desta quinta-feira em São Paulo era de R$ 3,55 em papel moeda e R$ 3,72 em cartão pré- pago. Em Londrina, os preços eram R$ 3,60 e R$ 3,77, mercadoria importada. Chega no aeroporto, normalment­e em São Paulo, e tem a logística de distribuiç­ão nas cidades. Quanto mais longe, mais caro”, afirma Jamil Vassão, superinten­dente da Abracam ( Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio).

Ele ressalta que, apesar de mais caro, comprar moeda estrangeir­a em cartão pré-pago oferecido pelas corretoras tem vantagens que vão além da segurança. “Quem vai sair

Há diferenças significat­ivas de taxas entre as corretoras de câmbio e também entre as cidades

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Shuttersto­ck Diferença entre a melhor e a pior taxa praticada no País em fevereiro foi de 29%

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