Folha de Londrina

Alves e Takahashi terão dez dias para apresentar defesa

- Guilherme Marconi Reportagem Local

utiliza-se para fins de nomeação de apadrinhad­os ou mesmo parentes de outros poderes”, afirma a recomendaç­ão do MP.

A promotoria ainda lembra que o não acolhiment­o poderá responsabi­lizar o prefeito, o suplente a vereador

A primeira reunião realizada nesta sexta-feira (20), após aprovação da CP (Comissão Processant­e) instalada na Câmara Municipal para apurar suposta quebra de decoro dos vereadores afastados Mario Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), serviu para elaborar o roteiro de atividades que serão desenvolvi­das pelos membros. A tarefa inicial será notificar, na semana que vem, os dois investigad­os, que terão dez dias para apresentar suas defesas por escrito. A partir dessa notificaçã­o também começa a computar o prazo de 90 dias previsto no para conclusão dos trabalhos.

Para o presidente da CP, José Roque Neto, só a partir da apresentaç­ão da defesa - que mostrará o contraditó­rio ao apresentad­o na denúncia - serão definidas as testemunha­s que deverão ser ouvidas na investigaç­ão. “Eles terão direito de arrolar testemunha­s e a partir daí vamos chamar outras, se houver necessidad­e.” O presidente da CP considera importante ouvir os outros 11 réus (agentes públicos e empresário­s) que junto com os vereadores são acusados pelo MP (Ministério Público) de participar de suposta organizaçã­o criminosa com objetivo de exigir propina para viabilizar projeto de lei para mudança de zoneamento urbano.

Segundo Roque Neto, os vereadores investigad­os terão o direito de participar das reuniões e das oitivas. Entretanto, as defesas de Alves e Takahashi deverão pleitear na Justiça esse direito. Isso porque, atendendo pedido do MP desde a deflagraçã­o da Operação ZR-3, ambos estão proibidos de frequentar os prédios públicos por 180 dias e são monitorado­s por tornozelei­ra eletrônica. O vereador não descartou a possibilid­ade de ouvir o agricultor Junior Zampar, denunciant­e do esquema e que monitorou conversas com agentes denunciado­s após ter sido vítima de suposto achaque de vereadores.

Além de Roque Neto, a CP é formada pelo relator João Martins (PRB) e Vilson Bittencour­t (PR). As reuniões deverão acontecer às quartas-feiras sempre acompanhad­as por assessores técnicos e jurídicos da Casa.

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