Folha de Londrina

Moradores se queixam da perda de qualidade de vida

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Segundo Tânia Maris Petrini, presidente da Amajh (Associação de Moradores e Amigos do Jardim Higienópol­is), os incômodos com bebida e barulho na região existem há dez anos, mas se tornaram críticos há pelo menos dois. Os moradores procuraram o Ministério Público por meio da promotora Solange Vicentin, da Defesa do Meio Ambiente, que expediu uma recomendaç­ão administra­tiva à Prefeitura em agosto do ano passado. A recomendaç­ão cita medidas tomadas em Lages (SC) e no Estado do Acre. A partir daí nasceu o texto do projeto de autoria do Executivo.

Tânia afirma que todos os moradores do prédio onde mora, também localizado na esquina da Higienópol­is com a Riachuelo, perderam qualidade de vida.

“Tudo isso que a gente vê, essa sujeira, pessoas fazendo xixi, cocô, vomitando, fazendo sexo na rua, se elas estivessem sem o álcool elas não fariam. O álcool tira este domínio das pessoas. Este projeto é pra prevenir esses abusos e preservar a população. Nós temos o direito de, dentro da nossa casa, descansarm­os pra poder trabalhar no dia seguinte”, afirma Tânia.

As expectativ­as dela sobre a aprovação do projeto são as melhores, “porque são muitos benefícios pra poucos sacrifício­s da população”, afirma.

Outro morador antigo do prédio, o advogado Darli Barbosa, conta que adquiriu uma propriedad­e rural para passar os finais de semana, justamente por conta do barulho. Ele ressalta, também, que outros moradores já deixaram o local e hoje em dia proprietár­ios dos imóveis encontram dificuldad­es para alugar ou vender os apartament­os.

“Nos últimos dez anos a coisa só vem piorando. Um apartament­o aqui se estivesse em outra localidade, com certeza, valeria o dobro. Hoje nós temos aqui apartament­os que não conseguem ser locados e vendidos”, afirma.

(V.S.)

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