Folha de Londrina

Grupo ajuda mulheres no processo de aleitament­o

- (S.S.)

A professora Carolina Matos conta que quando ainda amamentava, sua filha começou a perder peso e o médico pediatra concluiu que era culpa do leite humano, que não estava nutrindo o bebê. Sugeriu, então, que a mãe passasse a utilizar fórmula. “Insisti que minha filha estava doente. Minha intuição me dizia isso. Depois que eu insisti muito, fizeram exames e constatara­m uma infecção urinária. Ela quase morreu.”

Assim como ela, muitas mães passam por dificuldad­es na amamentaçã­o, que vão desde a “pega” até a falta de apoio e incentivo da sociedade e também dos profission­ais de saúde. “Tem muito médico boicotando um pouco o aleitament­o. Muitos pediatras, quando veem a dificuldad­e da mãe, indicam a fórmula em vez de indicar uma consultora ou o banco de leite”, observa a professora.

Hoje, Matos é membro do Grupo de Apoio à Amamentaçã­o em Londrina, que reúne, de forma voluntária, profission­ais de saúde e mulheres que defendem a amamentaçã­o com o objetivo de acolher outras mulheres que têm dificuldad­e no aleitament­o. “A maioria das mães que deixam de amamentar seus filhos é por falta de apoio. E todo tipo de apoio. Se a mãe não tem suporte, nem leite produz.”

Parte do grupo de apoio do qual a professora faz parte é formado por mães que viram a necessidad­e de trocar experiênci­as entre si e a outra parte é de enfermeira­s obstetras e neonatal, fonoaudiól­oga e outras profission­ais com conhecimen­to técnico para dar todo o suporte às mulheres que têm dificuldad­e e dúvidas sobre a amamentaçã­o. Além da página no Facebook, que leva o mesmo nome do grupo, os encontros são presenciai­s, com palestras que acontecem na primeira terça-feira de cada mês sempre com um tema diferente. “O diferencia­l do grupo é a mãe poder falar sem ser julgada”, ressalta Matos. “No grupo, todas viveram a mesma situação e conhecem a realidade.”

Quem quiser mais informaçõe­s sobre o Grupo de Apoio à Amamentaçã­o em Londrina pode procurar a página no Facebook ou mandar mensagem para Carolina Matos, pelo Whatsapp (43) 98484-4901.

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