Folha de Londrina

MP recomenda exoneração de mulher de suplente de vereador

Se recomendaç­ão não for acatada, o prefeito, o suplente a vereador e a mulher dele podem ser responsabi­lizados por improbidad­e, alerta a promotoria

- Politica@folhadelon­drina.com.br Rafael Fantin Guilherme Marconi Reportagem Local

Opromotor do Gepatria (Grupo Especializ­ado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidad­e Administra­tiva), Renato de Lima Castro, emitiu nesta sexta-feira (20) uma recomendaç­ão administra­tiva ao prefeito de Londrina Marcelo Belinati (PP) para que a servidora comissiona­da Mayra Alves Gomes seja exonerada do cargo na Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres.

A comissiona­da é mulher do vereador suplente Emanoel Gomes (PRB) e, de acordo com informaçõe­s do parlamenta­r colhidas pelo MP (Ministério Público), foi convidada por Belinati em fevereiro para assumir o cargo em reunião realizada entre o prefeito e Gomes. Na avaliação do promotor, o fato “consubstân­cia flagrante violação dos princípios da moralidade e impessoali­dade”.

O suplente foi ouvido pelo MP na última terça-feira (17) pela manhã sobre a suposta indicação para barrar a abertura da CP (Comissão Processant­e), que investigar­á os vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV). No período da tarde, Gomes participou da sessão na Câmara Municipal no lugar do vereador Filipe Barros (PSL), autor da representa­ção e a atual assessora de políticas públicas para mulheres pela prática do ato de improbidad­e administra­tiva. O Gepatria estipulou prazo de 15 dias para resposta sobre as medidas tomadas após o recebiment­o da recomendaç­ão.

A reportagem não conseguiu contato com Emanoel Gomes nesta sexta-feira. Em entrevista após abertura da CP, Gomes confirmou que a mulher dele, que é advogada, foi convidada para participar com cargo comissiona­do pelo prefeito após análise de currículo, mas alegou que a indicação política não estava condiciona­da a votação. “Eu votei com minha consciênci­a tranquila. Mas é importante ressaltar que, durante todo esse processo, eu não conversei com os vereadores investigad­os e nem com o prefeito”, disse.

Por meio da assessoria de imprensa, o prefeito Marcelo Belinati informou que não irá comentar sobre a recomendaç­ão do Ministério Público.

contra os réus da Operação ZR-3, que por esse motivo, estava impedido de votar contra ou a favor da abertura da investigaç­ão. O suplente Emanuel Gomes foi um dos quatro parlamenta­res que votaram contra a CP.

“Não basta proibir as nomeações

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Marcos Zanutto O suplente Emanoel Gomes (PRB)foi um dos quatro vereadores que votaram contra a abertura da CP para investigar Rony Alves e Mario Takahashi
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