MP recomenda exoneração de mulher de suplente de vereador
Se recomendação não for acatada, o prefeito, o suplente a vereador e a mulher dele podem ser responsabilizados por improbidade, alerta a promotoria
Opromotor do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), Renato de Lima Castro, emitiu nesta sexta-feira (20) uma recomendação administrativa ao prefeito de Londrina Marcelo Belinati (PP) para que a servidora comissionada Mayra Alves Gomes seja exonerada do cargo na Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres.
A comissionada é mulher do vereador suplente Emanoel Gomes (PRB) e, de acordo com informações do parlamentar colhidas pelo MP (Ministério Público), foi convidada por Belinati em fevereiro para assumir o cargo em reunião realizada entre o prefeito e Gomes. Na avaliação do promotor, o fato “consubstância flagrante violação dos princípios da moralidade e impessoalidade”.
O suplente foi ouvido pelo MP na última terça-feira (17) pela manhã sobre a suposta indicação para barrar a abertura da CP (Comissão Processante), que investigará os vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV). No período da tarde, Gomes participou da sessão na Câmara Municipal no lugar do vereador Filipe Barros (PSL), autor da representação e a atual assessora de políticas públicas para mulheres pela prática do ato de improbidade administrativa. O Gepatria estipulou prazo de 15 dias para resposta sobre as medidas tomadas após o recebimento da recomendação.
A reportagem não conseguiu contato com Emanoel Gomes nesta sexta-feira. Em entrevista após abertura da CP, Gomes confirmou que a mulher dele, que é advogada, foi convidada para participar com cargo comissionado pelo prefeito após análise de currículo, mas alegou que a indicação política não estava condicionada a votação. “Eu votei com minha consciência tranquila. Mas é importante ressaltar que, durante todo esse processo, eu não conversei com os vereadores investigados e nem com o prefeito”, disse.
Por meio da assessoria de imprensa, o prefeito Marcelo Belinati informou que não irá comentar sobre a recomendação do Ministério Público.
contra os réus da Operação ZR-3, que por esse motivo, estava impedido de votar contra ou a favor da abertura da investigação. O suplente Emanuel Gomes foi um dos quatro parlamentares que votaram contra a CP.
“Não basta proibir as nomeações