Forma de coibir a violência
A juíza da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Juízo de Vitória (ES), Brunella Baglioli, destacou que a instalação do dispositivo rompeu o ciclo de violência. “Essa ferramenta não vai acabar com a violência contra a mulher, mas é uma forma de coibi-la. Tratase de mais um dispositivo que permite o acesso às vítimas em situação de risco e que, de outra forma, não teríamos”, explica a juíza, em entrevista à Agência de Notícias do Paraná . Ela e outros representantes de Vitória participaram da capacitação, em Curitiba, para cerca de 80 pessoas de 15 municípios do Paraná que vão receber o equipamento.
Em Vitória, que adotou o dispositivo em 2013, depois da fase de experimentação, foi criada uma equipe multidisciplinar para atuar no combate à violência. A psicóloga do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação deViolência deVitória,Lorena Pereira, avalia que a parceria é o diferencial para o sucesso. “Éramos a capital com o maior índice de mortes de mulheres. Depois da implantação do botão, conseguimos que mais mulheres estivessem vinculadas à rede de proteção. Hoje, 12 dispositivos estão ativos no município e já tivemos 41 acionamentos, até o ano passado.”
Em Vitória, as causas de devolução do dispositivo ocorrem por prisão do agressor, extinção da medida protetiva, avaliação da vara especializada e o próprio acompanhamento que é dado às mulheres por meio da rede de proteção.