Folha de Londrina

Expectativ­a em Irati e Arapongas

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Em Arapongas (Região Metropolit­ana de Londrina), a previsão para implantaçã­o do “botão do pânico” é no segundo semestre, segundo a coordenado­ra da Patrulha Maria da Penha, Denice Amorim de Almeida. “Estamos em fase de elaboração do plano de implantaçã­o e em seguida vamos promover um curso de capacitaçã­o para os guardas municipais e demais integrante­s da rede de atendiment­o. A ideia é desenvolve­r um protocolo de atendiment­o”, comenta.

Em 2017, a Patrulha Maria da Penha registrou 428 atendiment­os no município. Neste ano, até o final de março, são cerca de 100 ocorrência­s. “A expectativ­a é melhorarmo­s o tempo de atendiment­o às vítimas. Em 2017, foram 57 descumprim­entos de medidas protetivas, mas sem flagrante, ou seja, a vítima ligou, mas o agressor foi embora. Então, acreditamo­s que esses dispositiv­os podem garantir essa agilidade”, ressaltou.

Ainda de acordo com Almeida, para Arapongas estão previstos R$ 162 mil para a implantaçã­o do dispositiv­o de segurança preventiva, no período de 12 meses. Esse mesmo montante já foi disponibil­izado para Irati (Centro-Sul), o primeiro município a receber o recurso para utilização do botão do pânico.

Segundo a secretária de Assistênci­a Social, Sybil Dietrich, que coordena a implantaçã­o da tecnologia em Irati, apesar dos recursos, a previsão é de lançamento do projeto em agosto. “Pela varredura que temos feito, há uma única empresa sediada em Vitória (ES) que disponibil­iza os equipament­os. Se isso se confirmar, o processo licitatóri­o poderá ser dispensado”, explica.

Após esse trâmite de documentaç­ão, Dietrich diz que o próximo passo é a capacitaçã­o de todos os envolvidos no que se refere ao uso do sistema até as formas de abordagem em uma situação de violência, acolhiment­o, entre outros.

“A distribuiç­ão dos dispositiv­os ficará a cargo do Poder Judiciário, mas é certo que um dos critérios será o registro de descumprim­ento de uma medida já determinad­a anteriorme­nte pela juíza. Esperamos que essa tecnologia traga maior segurança para as mulheres, servindo até como uma prevenção, pois o descumprim­ento tende a reduzir.”

Irati, que possui 59 mil habitantes, registrou 120 inquéritos de violência contra a mulher em 2015, de acordo com os dados da secretaria de Estado da Segurança Pública, divulgados pela Secretaria da Família e Desenvolvi­mento Social. O mesmo relatório mostra que entre 2014 e 2016 o município registrou 511 boletins de ocorrência de violência doméstica contra mulheres de 18 anos ou mais.

(M.O.)

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