Folha de Londrina

PROTEÇÃO -

Idosos, crianças com menos de 5 anos, gestantes e mulheres que acabaram de ter filhos estão entre os grupos prioritári­os que têm direito à imunização

- Carolina Avansini Reportagem Local

Cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas contra a gripe este ano no Paraná. Campanha de imunização foi aberta ontem em todo o País. Vera Lucia da Cruz foi à unidade básica de saúde logo pela manhã. “Quero tomar a vacina todos os anos para me proteger”, diz.

Começou nesta segunda-feira (23) em todo o País a campanha de vacinação contra a gripe. Em Londrina, a imunização está disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para os chamados grupos prioritári­os, compostos por idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos incompleto­s, gestantes, mulheres em puerpério (até 45 dias após o nascimento do bebê) e portadores de doenças crônicas. A vacina também atende profission­ais da área de saúde e professore­s das redes pública e particular. Nesta campanha, que é a vigésima realizada de forma ininterrup­ta em Londrina, a meta é vacinar até 160 mil pessoas.

De acordo com o secretario municipal de Saúde, Felippe Machado, a campanha termina no dia 1º de junho e não terá prorrogaçã­o. “As pessoas têm quase 40 dias para se vacinar, a orientação é que procurem as UBSs no período”, afirmou. No dia 12 de maio, um sábado, será promovido o Dia D contra a gripe, com abertura das UBSs para atendiment­o das pessoas dos grupos prioritári­os que não têm condições de tomar a vacina durante a semana.

Em 2017, Londrina atingiu 89% de cobertura do público-alvo da campanha. Para 2018, a meta da secretaria é chegar a pelo menos 90%, que é valor preconizad­o pelo Ministério da Saúde. Foram disponibil­izadas 56 mil doses na fase inicial da vacinação. “Quando estiver terminando, já vamos solicitar mais doses para não faltar vacina”, disse.

O secretário lembrou que há uma dificuldad­e em vacinar crianças com até 5 anos. Por isso, pediu às famílias que não deixem de vacinar os filhos. “A vacina reduz as causas de internaçõe­s por infecções respiratór­ias. Lembramos que, nos casos mais graves, a gripe pode levar a óbito”, afirmou. Gestantes e mulheres que acabaram de ter filhos também apresentam resistênci­a a se imunizarem, mas devem procurar as UBSs porque integram o grupo com maior risco de desenvolve­r complicaçõ­es por causa da doença. A coordenado­ra de imunizaçõe­s da Secretaria, Sônia Fernandes, reforçou que, no caso das gestantes e mães que amamentam, a proteção é dupla. “A vacina protege a mãe e o bebê”, disse.

Fernandes lembrou que a imunização engloba os vírus de maior prevalênci­a no Brasil e ajuda a evitar infecções secundária­s provocadas pela doença, principalm­ente pneumonia. “Entre tomar a vacina e iniciar a proteção, há um período entre 20 e 30 dias, por isso é importante procurar logo o atendiment­o”, orientou.

Em vinte anos de vacinação ininterrup­ta da população idosa de Londrina, a coordenado­ra lembra que os benefícios são inquestion­áveis. “Neste período, diminuíram muito os casos de internaçõe­s e óbitos por doenças respiratór­ias nesta faixa etária. Eles sentem o benefício e não deixam de se vacinar. Ano passado atingimos 102% da meta neste grupo”, comemora.

Por não gostar de ficar doente, Juvelina Domingos dos Santos, 69, chegou logo de manhã ao posto de saúde do conjunto Marabá (zona leste) para se proteger contra a gripe. “Faz anos que não tenho gripe e quero continuar assim, por isso vim logo no primeiro dia”, contou.

Essa também foi a ideia de Vera Lucia da Cruz, que fez 60 anos recentemen­te e logo procurou a UBS para garantir o direito de se vacinar. “Sempre tive problemas no pulmão e estou sarando de uma pneumonia. Quero tomar a vacina todos os anos para me proteger. Espero que me ajude a melhorar”, diz ela.

Grávida de cinco meses do primeiro filho, Rosiani Boyan tomou a vacina pensando na dupla proteção. “É bom para mim e para o bebê”, avalia ela, que não teve medo de se vacinar. “Muitas gestantes não procuram a vacina por medo de fazer mal, mas para mim é uma proteção a mais”, ponderou.

A vacina da gripe não costuma provocar reações fortes, mas quem foi vacinado pode ter dor no local

Orientação da secretaria é que, em caso de reação, a pessoa retorne à UBS para ser reavaliada

da aplicação e febre. A orientação da secretaria é que, em caso de reação, a pessoa retorne à UBS para ser reavaliada.

MORTES

Cinco pessoas já morreram vítimas da doença apenas neste ano no Paraná. O último caso foi registrado em Santa Terezinha de Itaipu (Oeste). As outras situações ocorreram em Ampére (Sudoeste), por H1N1; Santa Izabel do Oeste (Sudoeste), H1N1; Foz do Iguaçu (Oeste), H3N2; e Cafezal do Sul (Noroeste), H3N2. A meta da Sesa (Secretaria do Estado da Saúde) é imunizar 3,2 milhões de pessoas em 2018, o que representa a cobertura vacinal de 90% do público-alvo.

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Gina Mardones
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Gina Mardones Grávida de cinco meses do primeiro filho, Rosiani Boyan tomou a vacina pensando na dupla proteção

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