Réu na ZR-3, Rony Alves é autorizado a tirar tornozeleira
O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha, emitiu nesta terça-feira (24) decisão judicial que autoriza a retirada da tornozeleira eletrônica do vereador Rony Alves (PTB). Com o fim do prazo para a utilização do monitoramento, o MP (Ministério Público) se manifestou pela prorrogação da medida, mas a Justiça indeferiu o pedido.
Réus da Operação ZR-3, Rony Alves e Mario Takahashi (PV) foram afastados dos mandatos de vereadores e passaram a ser monitorados após o início da investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que apurou esquema de mudanças de zoneamentos em Londrina. Na semana passada, a Câmara abriu uma CP (Comissão Processante) para investigar a dupla, que pode até ser cassada no Legislativo.
“Verifica-se que não há nos autos principais e em seus apensos notícias de que os acusados tenham descumprido as regras que lhe foram impostas para o uso da tornozeleira eletrônica”, afirmou o juiz. O Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina) será comunicado para a retirada do aparelho de Alves.
Em entrevista à FOLHA, o advogado do vereador afastado, Maurício Carneiro, explicou que as outras medidas cautelares, como afastamento do prédio da Câmara e do mandato de vereadores seguem em vigência, mas ele afirmou vai analisar se a defesa entrará com pedido pela retomada dos trabalhos parlamentares de Alves. “Em nenhum momento pedimos a revogação da tornozeleira eletrônica. Nos manifestamos contra a renovação depois do pedido do MP. A decisão da Justiça foi muito positiva e ele poderá retomar as suas atividades”, comentou.
Carneiro disse que o processo é “complexo”, mas lembrou que enquanto a Justiça agravou as medidas contra outros réus do processo da ZR-3, o vereador recebeu uma decisão favorável e atenuante. “Ele não cometeu qualquer ilícito e começa a ser ouvido”, disse.