Palmeiras quer paz no caldeirão
Pressionado pela própria torcida, time enfrenta o Boca na Bombonera com a meta de manter a liderança na Libertadores
- Dois difíceis objetivos aguardam o Palmeiras para o jogo desta quartafeira, às 21h45 (de Brasília), contra o Boca Juniors, pela quarta rodada do Grupo H da Copa Libertadores. Bater o time argentino no estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, por si só já é uma tarefa complicada. Desta vez a necessidade vai além do resultado, pois a vitória é importante para acalmar o pesado ambiente de críticas ao elenco.
Para alcançar o duplo impacto positivo de uma vitória na Argentina, porém, a equipe vai precisar de autocontrole. O Palmeiras sentiu a pressão de jogar fora de casa logo na chegada a Buenos Aires, já na madrugada desta terçafeira. Um grupo de cerca de 20 palmeirenses esperou o time no hotel para recepcionar os jogadores com protestos e vaias. O principal alvo foi Dudu, que no último domingo reclamou dos xingamentos recebidos em redes sociais.
“Estamos bem tranquilos em relação aos nossos torcedores. Sabemos que estão juntos com a gente e sabem também da nossa insatisfação por não ter ganhado o título paulista”, disse o zagueiro Edu Dracena. “Peço para estarem ao nosso lado, como já estiveram em muitos momentos difíceis que passamos”.
A missão do Palmeiras na Argentina é complicada. O Boca Juniors é um dos times com melhor retrospecto contra brasileiros pela Libertadores. Em 21 jogos como mandante, o time ganhou 11 vezes e perdeu só quatro. Em mata-matas pela competição, o desequilíbrio é ainda maior. Em 16 confrontos, somente três vezes uma equipe
brasileira eliminou o clube de La Bombonera.
O Palmeiras foi uma das vítimas desse poderio. Em 2000, na final, e em 2001, na semifinal, acabou derrotado pelos argentinos. Embora sonhe