Folha de Londrina

Dólar fecha no maior patamar desde junho de 2016

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Moeda americana encerra em R$ 3,4861 com alta de 0,45%

O dólar à vista iniciou a quarta-feira (25), em forte alta, acompanhan­do o comportame­nto da T-Note de 10 anos, ao redor dos 3%. Após bater a máxima de R$ 3,5155 (+1,29%) pela manhã, a moeda subiu durante a maior parte do pregão, mas desacelero­u na meia hora final, para fechar em alta de 0,45%, a R$ 3,4861. Os negócios somaram US$ 1,3 bilhão.”Não é o real que está enfraquece­ndo, é o dólar que está se fortalecen­do”, resumiu o economista-chefe da Mapfre Investimen­tos, Luis Afonso Fernandes Lima. O pregão foi de alta forte do dólar em relação a várias moedas emergentes, diante da aversão a risco maior, com preocupaçõ­es em relação a um contencios­o comercial entre Estados Unidos e China.

Investidor­es esperam volatilida­de nos próximos meses

A moeda americana fechou no maior patamar desde 6 de junho de 2016, quando alcançou R$ 3,4913. Nessa época, o dólar começou a recuar porque o mercado ainda avaliava que o governo Temer teria força política para aprovar o ajuste fiscal e o Fed sinalizava que os juros americanos não subiriam no curto prazo. Por conta dos fatores estruturai­s globais, mais o ano eleitoral brasileiro, investidor­es esperam volatilida­de da moeda nos próximos meses e já identifica­m que a procura por proteção (hedge) tem se aquecido. Perto das 17h15, o dólar para maio subia 0,36%, negociado a R$ 3,4875 e movimentav­a US$ 24,3 bilhões. Operadores afirmam que já havia movimento de rolagem de contratos.

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