Alunos formam grupo de pesquisa
Dentro do ambulatório, além da assistência que é prestada aos pacientes com Parkinson, várias pesquisas de alunos de graduação, mestrado, doutorado, pósdoutorado, iniciação científica e de residentes acontecem, formando um grupo de pesquisa em fisioterapia neurofuncional. “Fora a assistência que prestamos, um dos grandes objetivos do projeto é produzir ciência a partir do que fazemos”, salienta Suhaila Smaili Santos, que também é professora do programa de mestrado e doutorado de ciências da reabilitação na UEL.
Entre as pesquisadoras está Marcela Bradão Terra, 27, aluna de doutorado. Integrando o projeto há sete anos, ela estuda atualmente a aplicação da fisioterapia junto com música, como maneira de beneficiar no equilíbrio e marcha do paciente. “Estou procurando professores de música da UEL para ajudarem nisto. A proposta será fazer o movimento ao ritmo da música, junto com equipamentos”, sugere ela, que está no primeiro ano.
Recentemente, a fisioterapeuta desenvolveu um plano em que um grupo fazia treinos cognitivos junto com a sessão de fisioterapia. Foi observado se isso melhoraria ainda mais a reabilitação. O resultado foi positivo. “Chegamos à conclusão que a fisioterapia em si já melhora nas atividades diárias e memória imediata”, diz. “As pesquisas conseguem agregar e de forma lúdica. Eles chegam de um jeito e com o tempo vão evoluindo. A diferença é grande se comparado com quem não realiza as atividades do projeto. Criamos uma relação pessoal com os idosos”, constata.
Diversas artigos desenvolvidos a partir da iniciativa já foram publicados em periódicos científicos importantes do Brasil e do Mundo. Ao final de cada pesquisa, os profissionais explicam, em linguagem simples, os resultados dos estímulos aos pacientes.
(P.M.)