Folha de Londrina

RAZÕES PESSOAIS

Algumas funções foram acrescidas de gratificaç­ões com valores que vão de R$ 2,9 mil a R$ 12,8 mil; mudanças obedecem à Lei de Responsabi­lidade Fiscal, diz presidente do tribunal

- Mariana Franco Ramos Reportagem Local Curitiba

Por meio de mensagem no Twitter, o ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa anunciou ontem que não será candidato a presidente

– O Tribunal de Contas (TC) do Paraná enviou à Alep (Assembleia Legislativ­a) nesta semana dois projetos de lei que tratam do quadro de pessoal do órgão. O 243/2018, já aprovado pela Comissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ), institui o Estatuto dos Servidores do TC, reivindica­ção antiga dos funcionári­os, enquanto o 244/2018 cria dois cargos comissiona­dos, extingue um e transforma outros 164. Apenas o segundo possui impacto financeiro. De acordo com o presidente do Tribunal, Durval Amaral, ele custará R$ 196,3 mil mensais e R$ 2,35 milhões anuais. Os recursos virão do orçamento próprio do TC.

A matéria teve a sua votação adiada nesta terça (8) na CCJ, atendendo pedido de vista formulado pelo deputado Tadeu Veneri (PT). A expectativ­a é de que seja apreciada na terça-feira (15) que vem.

De acordo com o líder da oposição, Anibelli Neto (PMDB), a bancada a princípio não vê problemas nos textos, entretanto, deve analisálos mais a fundo nos próximos dias. “A nossa preocupaçã­o é quando o projeto vier a plenário. A assessoria da oposição tem trabalhado para que possamos fazer uma lei de acordo, que seja constituci­onal, não prejudique ninguém, nem outros poderes se sintam menores. O TC é um órgão auxiliar da Assembleia. Merece respeito e credibilid­ade”, afirmou.

No caso dos cargos comissiona­dos, Amaral argumenta ser necessário reestrutur­ar e uniformiza­r as nomenclatu­ras, “em vista do reordename­nto das unidades administra­tivas na atividade fim”, promovida por uma resolução deste ano, que alterou o regimento interno. Algumas funções foram acrescidas de gratificaç­ões, com valores correspond­entes às responsabi­lidades, que vão de R$ 2.927,18, para coordenado­r de gabinete, até R$ 12.812,50, para controlado­r interno e coordenado­r de unidade. Ele lembra ainda que as mudanças obedecem à Lei de Responsabi­lidade Fiscal (LRF). A legislação fixa o limite máximo para as despesas de pessoal em 1,36% da receita corrente líquida.

Já sobre o estatuto o presidente do TC destaca ser prática de outros órgãos do funcionali­smo público no Brasil e no Paraná. O texto enumera uma série de gratificaç­ões, como de função e pelo exercício de encargos especiais, por horaaula e por substituiç­ão, além de auxílio-creche, auxíliosaú­de, auxílioali­mentação e auxílio-funeral. Destas, apenas o auxílio-saúde ainda não foi regulament­ado. O PL diz que o pagamento será realizado “em pecúnia, conforme a faixa etária do servidor, e será somente após o seu valor ser fixado em lei”.

O segundo vice-presidente da Alep, Guto Silva (PSD), contou que as matérias devem obedecer o trâmite regular. “A Casa é muito conservado­ra nas questões que vêm de outros poderes, devido à separação dos poderes. Mas é importante que o debate seja aberto. Cada um tem um posicionam­ento e sempre há divergênci­as. Vamos aguardar. De fato não li com propriedad­e (…) Tradiciona­lmente, há um sentimento de não violar o orçamento próprio do Tribunal, mas o debate será realizado em plenário e o encaminham­ento politico fica a cargo de cada deputado”.

Recursos virão do orçamento do próprio TC, segundo o presidente Durval Amaral UNALE

Na sessão de ontem, Guto Silva substituiu o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), que participa da 22ª Conferênci­a Nacional União Nacional dos Legislador­es e Legislativ­os Estaduais (Unale), realizada em Gramado (RS). Também por conta do evento, a plenária desta quarta, que aconteceri­a às 14h30, foi antecipada para o período da manhã. Os deputados se reúnem às 9 horas. A expectativ­a é de que outros parlamenta­res viajem na sequência à cidade gaúcha, para acompanhar os debates da Unale.

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