Folha de Londrina

CLAUDIO HUMBERTO

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Bolsonaro e Marina ganham com Joaquim fora

Pré-candidatos, Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) serão os maiores “herdeiros” dos votos abandonado­s pelo ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa. Estima-se que Joaquim “roubava” ao menos três pontos percentuai­s de Bolsonaro e outros dois de Marina. A avaliação é de especialis­tas em levantamen­tos eleitorais, como Murilo Hidalgo, do Paraná Pesquisa. Agora, ambos devem recuperar aqueles votos perdidos e ganhar a maior parte do restante do eleitorado órfão.

Combinado desfeito PSB perdeu mais Ele implodiu o partido Uma beirada Governo não fiscaliza imposto de bilhetes aéreos

Acordão no governo Dilma, prorrogado no governo Temer, liberou empresas aéreas da retenção de tributos na fonte, na venda de passagens ao governo, usando uma medida provisória malandra e sofisticad­a. Foram R$ 45 milhões não retidos na fonte em quatro anos, dinheiro em caixa, para giro, como queriam as empresas aéreas. A MP é malandra porque o governo não fiscaliza tributos pagos depois. A Latam se manifestou: garante honrar todas as obrigações tributária­s.

Lobby pesado Como é o esquema Benefício único PODER SEM PUDOR

Joaquim Barbosa: segunda pipocada!”

Milton Neves, jornalista esportivo, lamentando no Twitter a desistênci­a do candidato

Geraldo Alckmin apalavrou com Márcio França, em 2014, que o PSB indicaria seu vice em 2108. Mas Joaquim fez o PSB sonhar mais alto.

O ex-ministro Aldo Rebelo era opção do PSB para vice de Alckmin. Com a chegada de Joaquim, Aldo saiu. E o PSB perdeu os dois.

Nenhum inimigo faria tanto mal ao PSB: Joaquim deixou o partido sem opções relevantes, para presidente ou para vice, na eleição de 2018.

Em escala muito menor, Ciro Gomes (PDT) também herdará uma beirada dos votos. Já o PT, que odeia Joaquim, não estará no espólio.

A MP de Dilma dispensou a retenção até dezembro de 2017 e o lobby das aéreas garantiu outra MP, de Temer, estendendo o prazo até 2022.

A liberação vale só para venda direta de passagens, mas a compra é feita por uma empresa de tecnologia, usando o cartão corporativ­o.

Além de não reter impostos, o uso de cartão corporativ­o no pagamento faz das empresas aéreas os únicos fornecedor­es a receberem à vista.

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