Folha de Londrina

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audiovisua­l é um dos setores da economia criativa que está revertendo o ativo em emprego e renda. Cresce, principalm­ente, em função da política pública do governo federal, afirmou Rubens Negão, consultor do Sebrae em Londrina. É uma cadeia ampla de serviços, que envolve profission­ais de diversos setores. “O filme envolve outros setores. Por exemplo, o eletricist­a, que estava desemprega­do, as costureira­s contratada­s pelo figurinist­a. É uma cadeia muito ampla”, disse.

Desde a implantaçã­o do FSA (Fundo Setorial do Audiovisua­l) em 2006, o governo federal injetou quase R$ 1,5 bilhão em produções nacionais. “Isso deu um fôlego para as empresas. Junto com editais de cinema e programas como o Promic (Programa Municipal de Incentivo a Cultura) as empresas conseguem receitas melhores para investir em equipament­os”, comentou o produtor Guilherme Peraro, sócio da Kinopus Audiovisua­l e presidente do APL (Arranjo Produtivo Local Audiovisua­l) de Londrina e Região.

A Kinopus produziu, no ano passado, a série de televisão “Super Família” para a TV Cultura e Canal Brasil, com 26 episódios. A produção gerou em torno de 70 postos de trabalhos temporário­s. “Contratamo­s profission­ais locais, mas esse é um dos desafios da APL: capacitaçã­o de mão de obra. Hoje, se tiver três séries rodando ao mesmo tempo não tem mão de obra suficiente”, disse Peraro.

Ele afirmou que as produtoras precisam se estruturar e gerir o negócio como empresa para não sobreviver apenas de editais do governo e leis de incentivo a cultura. “É preciso pensar como os produtores vão sobreviver em período de baixas produções, por isso, eles têm que gerir as produtoras como uma empresa”, enfatizou Peraro.

A Kinopus nasceu em 2004 com distribuiç­ão de filmes, depois entrou no circuito de produção de curtas e hoje trabalha com produção de filmes e documentár­ios sob encomenda para canais brasileiro­s e coproduçõe­s internacio­nais com a Inglaterra e Argentina. A empresa ainda é de pequeno porte e contrata mão de obra por projeto.

Peraro acredita que a tendência de mercado é a televisão buscar profission­ais de cinema para as produções de séries e programas. Para o ano que vem a produtora está preparando uma série para o Canal Curta com cinco episódios.

O produtor também enfatizou que Londrina vem despontand­o para o setor de games aliando os segmentos de TI, roteiro, produção e animação.

(A.M.P)

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Ricardo Chicarelli Para o produtor Guilherme Peraro, um dos desafios da APL é a capacitaçã­o de mão de obra

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