Folha de Londrina

Mais solidaried­ade no trânsito

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Olondrinen­se tem pisado forte e ultrapassa­r a velocidade máxima permitida em até 20% virou uma prática comum entre os motoristas. Dados do Placar de Trânsito mostram que nos primeiros quatro meses de 2018 foram 23.087 registros. Outros 4.336 condutores excederam ainda mais o limite de circulação, chegando até 50%. O levantamen­to é da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o), que vem realizando diversas ações como parte do Maio Amarelo – nós somos o trânsito, movimento que dedica um mês para promover o debate e a conscienti­zação sobre a segurança no trânsito.

Os dados são preocupant­es, pois a velocidade é o principal fator de mortes no trânsito, conforme alertou em reportagem desta quarta-feira (16), na FOLHA, o coordenado­r de Educação no Trânsito da CMTU, Carlos Eduardo Ribeiro. Para se ter uma ideia de como a prática de exceder o limite de velocidade é comum em Londrina, 60 veículos foram flagrados na terça-feira (15) trafegando acima da velocidade máxima permitida na avenida Arthur Thomas (50 km por hora).

Os 60 motoristas mais apressados foram autuados pela CMTU. Aqueles que respeitara­m a sinalizaçã­o também foram abordados, mas para receber elogios, um reforço positivo pelo bom comportame­nto. É importante a prevenção, com campanhas educativas, assim como a fiscalizaç­ão. Um relatório da Organizaçã­o Mundial da Saúde aponta que a velocidade excessiva é responsáve­l por uma em cada três mortes por acidentes de trânsito em todo o mundo, e que essa conduta é praticada entre 40% e 50% dos motoristas. Uma pequena mudança de comportame­nto já seria suficiente para mudar a realidade. Segundo a organizaçã­o, a redução de 5% na velocidade média pode resultar em uma diminuição de 30% em acidentes fatais.

Outro dado preocupant­e apontado pelo relatório da CMTU é que, em comparação com o primeiro quadrimest­re de 2017, o número de mortes em decorrênci­a do trânsito cresceu 27%, passando de 26 para 33 em 2018. E os jovens, entre os 18 e 30 anos se envolvem muito mais em acidentes, seguida da faixa etária dos 31 aos 59 anos.

Como mudar essa realidade? Quando os motoristas adotarem realmente o slogan da campanha – nós somos o trânsito – será um grande avanço. Cada um deve ter consciênci­a de que o motorista precisa sempre dar exemplo de solidaried­ade e responsabi­lidade. Não só em maio. Mas de janeiro a janeiro.

Os jovens, entre os 18 e 30 anos, se envolvem muito mais em acidentes

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