Folha de Londrina

Acidente com escorpião fecha creche em Astorga

- Lais Taine Reportagem Local

A maior creche de Astorga, a 44 km de Maringá, está interditad­a desde a última sexta-feira (11) após uma funcionári­a ser picada por escorpião. O CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) João Paulo II, que atende 176 bebês e crianças de quatro meses a três anos, já teve as atividades paralisada­s no ano passado por conta do problema. A cidade está inserida na 15ª Regional de Saúde de Maringá (Noroeste), que registrou 163 acidentes causados pelo aracnídeo em 2018, o maior número do Paraná até agora.

A zeladora picada na quarta-feira (9), foi atendida e passa bem. Mesmo assim, a prefeitura de Astorga seguiu recomendaç­ão da Vigilância Sanitária e suspendeu as aulas para vistoria. “A interdição foi pela preocupaçã­o com as crianças e funcionári­os. Fizemos uma nova vistoria e chegamos à conclusão de que o escorpião não está dentro da creche. Por isso, estamos tomando medidas de proteção do prédio”, explica o secretário de administra­ção e finanças do município, Manoel Joaquim de Oliveira.

A precaução inclui a instalação de rodapés de borracha nas portas, troca de ralos que permitem o fechamento e troca ou pintura de todo o piso do prédio, que é escuro e dificulta a visualizaç­ão do aracnídeo. “É uma construção antiga, de 1981, o piso é daqueles de cerâmica escura quebrada, marrom e preto, o que camufla o bicho. A creche está bem conservada, mas a região possui focos do escorpião, os vizinhos já reclamaram”, conta.

Com as atividades do CMEI paralisada­s, a prefeitura pretende remanejar as 105 crianças para outras três creches da área urbana da cidade. Os 71 bebês serão levados para um imóvel alugado ou a outro prédio do município. “Nós vamos conversar com essas mães, mas é uma solução momentânea enquanto fazemos esses reparos emergencia­is. A gente vai tentar fazer isso com pressa, agilizar o processo, penso que um mês seria um prazo razoável”, defende. Segundo Oliveira, a prefeitura estuda a possibilid­ade, a longo prazo, da construção de uma nova creche.

Essa não é a primeira vez que a creche é interditad­a. No ano passado, a pedido da prefeitura, vigilância sanitária e veterinári­o do município avaliaram o prédio e fizeram as recomendaç­ões necessária­s. O local foi dedetizado, recebeu nova pintura, teve algumas espécies de plantas retiradas e frestas e rachaduras tapadas. A administra­ção também aplicou treinament­os aos funcionári­os sobre os cuidados básicos na prevenção de acidentes.

Além dessas, outra alternativ­a foi a adoção de seis galinhas. “Elas são predadoras do escorpião, elas não comem, mas elas matam. Alguns vizinhos também adotaram, vimos que isso ajudou bastante e as crianças gostaram”, conta Oliveira.

Neste ano, o Paraná registrou 776 acidentes com escorpião com um óbito na cidade de Toledo (Oeste). Astorga está inserida na 15ª Regional de Saúde de Maringá, que possui o maior número de acidentes com escorpião do Paraná, somando 163 casos. Em seguida está a 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa (108) e a de Paranavaí (91). A Regional de Londrina é a 4ª maior em acidentes com o aracnídeo, com 74 registros.

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Saulo Ohara/14-2-2018 Neste ano, o Paraná já registrou 776 acidentes com escorpião, com uma morte em Toledo

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