Folha de Londrina

Vôlei enfrenta indefiniçã­o sobre patrocínio na Superliga

- Rafael Machado Grupo Folha

Vice-campeã da Superliga B, a equipe de vôlei feminino de Londrina está atrás de um novo patrocinad­or máster para disputa da elite do voleibol nacional, que começa no segundo semestre deste ano. A coordenado­ra da equipe, a ex-jogadora Elisângela Almeida, confirmou à FOLHA que a direção está temerosa com a indefiniçã­o do Grupo Positivo, responsáve­l pelo principal investimen­to no decorrer da segunda divisão do campeonato, encerrado em abril, quando o Londrina garantiu o acesso. “Eles nem disseram se estão ou não no projeto. Não sei o motivo dessa incerteza, mas é certo que precisamos correr contra o tempo”, disse a gestora.

Sem revelar a quantidade de recursos que precisa para bancar a equipe na Superliga, Elisângela argumentou que tem conseguido manter oito jogadoras do elenco atual. As atletas já haviam disputado a Superliga B pelo time londrinens­e. “Elas estão aguardando uma posição do Positivo. Enquanto as dúvidas não são sanadas, vamos perdendo prazo para contratar novas atletas”, lamentou.

A Superliga só começa em novembro, mas a intenção é iniciar os treinament­os bem antes. “Temos a previsão da segunda quinzena de junho. Antes disso, temos outras competiçõe­s, como o Estadual, por exemplo, que oferece um bom preparo.”

Em nota, o Vôlei Londrina afirmou que empresas que foram patrocinad­oras na campanha da Superliga B já confirmara­m a intenção de seguir na Superliga Nacional. “Começamos o time com um cenário muito pior, nem vaga na Superliga B tínhamos. Hoje temos uma vaga na principal competição do voleibol, um campeonato que gera mais de R$ 40 milhões de retorno de mídia para as equipes”, comparou a gestora.

Ela também aposta na força da torcida para fazer uma boa campanha. “Tivemos apenas um jogo transmitid­o para todo o Brasil e uma competição com adversário­s pouco conhecidos. Imagina como será na Superliga Nacional, com Rio, Osasco, Minas, Praia Clube, Hinode, Fluminense. Enfim, a expectativ­a é ter mais de 30 mil pessoas nas 11 rodadas que teremos em casa”, projetou.

Apesar da indefiniçã­o, o nome de Maurício Thomas já foi confirmado como técnico do time para a Superliga. O treinador, que estava no VakifBank, da Turquia, retorna ao Brasil para comandar a equipe administra­da por Elisângela. Os dois trabalhara­m juntos e irão agora montar o time que disputará pela primeira vez a competição. “O Maurício quer ficar no Brasil, quer fazer parte deste time e integrou a nossa equipe neste desafio. Começamos o trabalho da melhor maneira possível, com uma comissão técnica de ponta”, comentou Elisângela.

Procurado pelo Grupo Folha, o Grupo Positivo não havia se manifestad­o sobre o assunto até o fechamento desta edição.

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