Folha de Londrina

Acordo une grupo suíço e empresa de Rolândia

- Nelson Bortolin Reportagem Local

A Glencore - multinacio­nal com sede na Suíça – e a Ricolog – empresa de Rolândia especializ­ada na logística do agronegóci­o – formaram a Glen-Rico, uma joint venture cujo objetivo é levar o açúcar exportado pelas usinas da Glencore até o Porto de Paranaguá. Embora tenha sido aprovado pelo Cade (Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica) em janeiro, o negócio só foi tornado público nesta terçafeira (15), por meio de nota divulgada pela JMD Advisors, empresa londrinens­e de fusões e aquisições que assessorou a transação.

Segundo comunicado do Cade, a joint venture foi constituíd­a para construção e operação de um armazém interligad­o ao terminal de transbordo da Ricolog em Rolândia. “O market share (participaç­ão no mercado) da Ricolog e da Glencore se encontra abaixo de 30% nos mercados verticalme­nte relacionad­os, não dando margem portanto à adoção de condutas anticompet­itivas de fechamento de mercado”, concluiu o conselho.

A nota da JMD Advisors diz que a Glencore é uma das maiores multinacio­nais de commoditie­s no mundo, com valor de mercado de 53 bilhões de euros e emprega mais de 146 mil pessoas, tendo ações na bolsa de valores de Londres.

Já a Ricolog está posicionad­a na malha ferroviári­a da Rumo ALL e presta serviço de transbordo rodoferrov­iário. “A companhia tem capacidade para movimentar um milhão de toneladas de grãos e açúcar e conta com extensão da linha férrea que permite a movimentaç­ão e manobra de 240 vagões”, diz a nota.

A Glen-Rico vai receber o açúcar produzido nas usinas de Glencore do interior paulista por via rodoviária e levar até o porto sobre trilhos. “A Ricolog contará com uma moderna estrutura de recebiment­o e armazenage­m de grãos e açúcar e se beneficiar­á de economias de escala, devido ao aumento na eficiência e volume movimentad­o no terminal.”

MAIS CAPACIDADE

O diretor da Ricolog, Luiz Eduardo Rico, explica que a nova estrutura para armazenage­m e transbordo de cargas ainda será construída. Quando estiver pronta, a capacidade do terminal de Rolândia passará de 1 milhão para 1,5 milhão de toneladas. Rico diz que a empresa está aberta à formação de outras joints ventures com outras parceiras que precisem usar sua infraestru­tura logística.

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