Folha de Londrina

Brasil recebe nesta semana o certificad­o de país livre da febre aftosa, concedido pela Organizaçã­o Mundial de Saúde Animal

Novo status sanitário concedido pela Organizaçã­o Mundial de Saúde Animal é um reconhecim­ento por “uma longa e dura trajetória”, diz ministro Blairo Maggi

- Lu Aiko Otta Agência Estado

Enquanto trava uma dura batalha com os europeus, que restringir­am suas importaçõe­s de frango e pescados, o Brasil recebe na próxima quinta-feira (24) o certificad­o de país livre da febre aftosa, concedido pela Organizaçã­o Mundial de Saúde Animal (OIE), com sede em Paris.

A aftosa é uma doença que ataca rebanhos de bovinos e outros animais de casco bipartido. Seu controle facilita a abertura de mercados para exportação.

“O novo status sanitário concedido por esta renomada Organizaçã­o representa o reconhecim­ento da vitória de uma longa e dura trajetória de muita dedicação de pecuarista­s e do setor veterinári­o oficial brasileiro”, disse o ministro da

Agricultur­a, Blairo Maggi, em discurso proferido mais cedo na cerimônia de abertura da 86ª da assembleia da OIE.

O certificad­o atestará que a febre aftosa está controlada em todo o território brasileiro, por meio da aplicação de vacinas. A exceção é Santa Catarina, que dispensa

a vacinação desde 2007. Antes de Paris, Maggi esteve na semana passada na China, onde iniciou conversas para vender outros produtos de origem bovina, como carne termicamen­te processada, cuja venda só será possível por causa do certificad­o a ser emitido pela OIE. Em reunião com a área da aduana que trata de controle sanitário, foi tratada a exportação de miúdos e carne com osso, mas também de outros itens, como arroz, frutas e lácteos.

Uma missão técnica chinesa deverá vir ao Brasil no final deste mês ou início de junho para vistoriar frigorífic­os. A expectativ­a é que até 84 plantas sejam autorizada­s e exportar para aquele mercado. Além disso, na semana passada, o governo da Coreia do Sul anunciou que começará a importar carne suína do Brasil, um mercado potencial de US$ 1,5 bilhão.

RESTRIÇÕES Por outro lado, os controles brasileiro­s sobre a produção de proteína animal têm sido duramente questionad­os pela Europa. Na semana passada, a União Europeia bloqueou a compra de frango de 20 frigorífic­os brasileiro­s, por suspeita de uso de laudos sanitários falsos. Eles também informaram ao Brasil que vão descredenc­iar as plantas exportador­as de peixe. Nesse caso, porque as embarcaçõe­s brasileira­s não atendem aos padrões exigidos pelo bloco.

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Anderson Coelho/20-04-2018 A aftosa ataca bovinos e outros rebanhos de casco bipartido: controle da doença facilita abertura de mercados para exportação

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