Não tomar gols é fundamental, mas se o LEC não os fizer, de nada adiantará.
Fundação vai reunir especialistas para avaliar curva onde dois pilotos de motociclismo morreram
AFEL (Fundação de Esportes de Londrina) promete reunir especialistas para estudar possíveis mudanças no traçado da pista do Autódromo Internacional Ayrton Senna. A preocupação é com a curva logo após a reta de largada onde dois pilotos de moto morreram nos últimos dias em competições em Londrina.
No sábado (19), o empresário londrinense Fernando Christian Budny, 37 anos, perdeu a vida ao cair com sua motocicleta em um evento de truck day (dia de treino) e sofrer um traumatismo craniano. Na semana retrasada, um piloto de Curitiba morreu no mesmo ponto, em um outro evento de motociclismo de pista livre.
De acordo com o presidente da FEL, Fernando Madureira, o objetivo é reunir representantes das federações paranaenses de Automobilismo e Motociclismo, promotores de eventos e especialistas para fazer uma avaliação do ponto em que ocorreram os acidentes. “Duas situações muito idênticas no mesmo local mostram que algo está errado. Duas pessoas morreram e vamos tentar encontrar alternativas para evitar que isso se repita”, afirmou Madureira. A visita do grupo ao autódromo será na quartafeira (23).
Fernando Budny participava da Copa Lupinetti de Motovelocidade, mas não estava inscrito para a corrida - apenas para o dia de treinos. A empresa organizadora garantiu que todas as exigências feitas pela FEL foram cumpridas. A fundação também informou que os responsáveis pelo evento pagaram as taxas e atenderam aos requisitos quanto à questão da segurança dos pilotos.
O diretor de Motovelocidade da FPM (Federação Paranaense de Motociclismo) em Londrina, Laerte Pradal, entende que a discussão sobre o traçado da pista é importante, mas alertou que qualquer alteração necessita de estudos e laudos técnicos aprofundados. “Uma mudança não é tão simples assim. É necessário ouvir engenheiros e especialistas. Vale ressaltar que o local onde aconteceram os acidentes nunca foi considerado um ponto crítico, porque nunca houve ocorrência ali. É até considerada uma curva suave”, ressaltou.
Com experiência de mais de 40 anos como diretor de provas, Pradal acredita que a morte de Budny foi uma fatalidade. “Houve um toque e três motos caíram. O Fernando sofreu uma fratura no maxilar e o capacete se soltou. Com isso, ele sofreu o traumatismo craniano. O Fernando era um piloto bastante experiente e estes dias de treinos são tão seguros quantos as competições”, garantiu. “Infelizmente, não temos a estrutura que grandes categorias têm para buscar a causa do acidente através de peritos e detectar se houve um problema mecânico ou um mal súbito do piloto, por exemplo.”
Policiais civis estiveram no autódromo no sábado, após o acidente, mas a FOLHA não conseguiu obter informações sobre uma eventual investigação nesta segunda-feira (21).