Programa de fomento pode atender novos projetos
Um estudo desenvolvido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com apoio da Centro Internacional de Energias RenováveisBiogás (CIBiogás), demonstra que o potencial de biogás no Estado é de 321 mil Gwh/ano, suficiente para abastecer quase 4,8 milhões de habitantes, com consumo médio de 217 Kwh/mês. Já segundo a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás), o setor sucroenergético tem potencial no País para produzir 39 bilhões de metros cúbicos de biogás/ano, o setor de animais, nove bilhões de metros cúbicos/ano e o de saneamento, quatro bilhões de metros cúbicos/ano.
Rodrigo Regis de Almeida Galvão é diretor-presidente da CIBiogás, um centro com sede em Foz do Iguaçu formado por 22 instituições que desenvolvem e apoiam projetos relacionados às energias renováveis. A estrutura conta com um laboratório de biogás no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e 11 unidades de produção de biogás no Brasil. Para Galvão, o próximo passo após aprovação da lei estadual é avançar nas questões ambientais, metas para geração a ser distribuída e alavancar projetos por meio do Fomento Paraná. “Agora as plantas ambientais [de biogás] são consideradas projetos de inovação e são agraciadas pelo programa de fomento”, explicou ele, que também esteve em Curitiba nesta segunda-feira.
Outro ponto que anima Galvão é o fato de “estarmos num momento mundial em que a energia renovada ganha importância”. “Temos que criar um todo, um ambiente [adequado], com metas estabelecidas, não gerar o biogás pelo biogás, mas sim um desenvolvimento territorial. O biogás tem essa capacidade de transformar passivos ambientais em ativos energéticos.”
Ele também cita como essa política pode ser importante para o setor de grãos, já que 75% dos fertilizantes utilizados nas lavouras paranaenses são importados. “Do biogás também saem fertilizantes que chegam na lavoura com valor agregado.”
(V.L.)