Vantagem para todos os envolvidos
O diretor do Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina), Maurício José Sanchez, ressalta que o comportamento dos presos que participam do programa Mãos Amigas muda muito. “A partir do momento que começam a se sentir úteis, eles valorizam mais esse trabalho. E o fato de ser realizado em um órgão público, eles se sentem mais motivados, porque sabem que vai reverter em benefícios para a população em geral.”
A chefe do Núcleo Regional de Educação, Luzia Maria de Jesus Alves, destaca que o NRE não sabe que tipo de delito os participantes do programa cometeram e mesmo assim não existe motivos para ter receio. “Existe um coordenador que fica o tempo todo com eles. O pessoal do núcleo passa várias informações para a escola. São orientações sobre como atender esses apenados. Os presos também recebem toda uma orientação sobre como se portar e como devem atender necessidades, a quem devem se reportar e existem pré-requisitos para participar do programa. Se qualquer um deles sair fora desse roteiro, são retirados do programa e substituídos por outro apenado”, garante.
Um dos primeiros locais a receber o programa foi o próprio NRE. “A gente percebeu que a presença deles aqui foi boa. Eles pintaram a grade do núcleo, o totem e reformaram todos os nossos banheiros dentro do prédio”, enumera Alves.
“Esse trabalho não vai ficar só nas 25 escolas que estão na fila de espera. O programa está sendo tão bem recebido que acredito que vamos ter bastante procura”, observa, informando que 122 escolas sob jurisdição do NRE de Londrina.
(V.O.)