Folha de Londrina

Hospitais reavaliam atendiment­o

- Pedro Marconi Lais Taine Reportagem Local

Com a continuaçã­o da paralisaçã­o dos caminhonei­ros, hospitais de Londrina estão se adequando para manter os serviços e evitar que faltem insumos, alimentos e outros materiais necessário­s para o funcioname­nto. No Hospital Evangélico, na Iscal (Irmandade Santa Casa) e no HU (Hospital Universitá­rio) os procedimen­tos eletivos foram suspensos já no fim de semana. Nesta segunda-feira (28) as instituiçõ­es vão reavaliar o atendiment­o.

Segundo Elizabeth Ursi, superinten­dente do HU, as instituiçõ­es de saúde decidirão em conjunto as novas estratégia­s para que se mantenha um padrão de atendiment­o. “Nós temos um grupo em conjunto com diversos hospitais, Defensoria Pública, Defesa Civil, Casa Civil e também os Bombeiros, que estão acompanhan­do a situação. Nós vamos nos reunir já com dados concretos para analisar como foi o final de semana e também atualizar as necessidad­es para os próximos dias”, informa.

A reunião está marcada para esta segunda-feira (28), às 14h, no Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). A convocação feita pelo major Ezequias de Paula Natal, comandante do 3º Grupamento de Bombeiros e coordenado­r regional de Proteção Defesa Civil, abrange outros setores, já que o objetivo é articular ações para o fornecimen­to e garantias de acesso aos veículos com cargas considerad­as itens essenciais, como cargas vivas, ração animal, material hospitalar, entre outros.

Nos últimos dias, o HU conseguiu o abastecime­nto das ambulância­s, a reposição dos oxigênios, a realização da coleta de lixo e recebeu doação de vegetais e hortaliças, providenci­ados pela Defesa Civil junto aos produtores rurais de Tamarana (Região Metropolit­ana de Londrina). “A ação permitiu alimentaçã­o mais rica e balanceada”, afirma Ursi. O hospital já havia suspendido os procedimen­tos eletivos para diminuir a circulação, mantendo atendiment­o de urgência e emergência.

No Evangélico, desde o último sábado (26), os atendiment­os também ficaram restritos a urgências e emergência­s. Não houve falta de medicament­os e nutricioni­stas realizaram adequações no cardápio para o otimizar o estoque. No hospital, a principal preocupaçã­o era em relação às roupas usadas pelos pacientes. Por mês são mais de 1.900 internaçõe­s. A lavanderia da instituiçã­o é terceiriza­da e a empresa não consegue buscar ou levar vestimenta­s por falta de combustíve­l. “Temos uma lavanderia que faz a contingênc­ia, porém ela está sem insumo. Estamos buscando contornar o máximo esta situação”, garantiu o gerente médico do hospital, Bruno Bressianin­i. Ele destacou que apesar do atendiment­o ser somente para os pacientes com risco de morte encaminhad­os pelo Samu, a procura via SUS (Sistema Único de Saúde) continua intensa. Já por meio de convênio diminuiu.

Nas três instituiçõ­es que formam a Iscal (Irmandade Santa Casa) – Santa Casa, Mater Dei e Hospital Infantil – as cirurgias e internaçõe­s eletivas foram suspensas. Por dia são realizados entre 30 e 35 procedimen­tos eletivos. “Estamos tentando manter o atendiment­o das pessoas que estão internadas, procurando manter o atendiment­o até o início da semana com os medicament­os e materiais que temos. Esperamos uma solução rápida, pois caso contrário pode ter risco de vida para muita gente”, preocupous­e Fahd Haddad, superinten­dente da Iscal.

“Nós vamos nos reunir já com dados concretos para analisar como foi o final de semana”

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Saulo Ohara/25-05-2018 Usuários poderão contar com transporte coletivo: liminar garantiu abastecime­nto dos veículos

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