Trump e Kim mantêm esperança de se reunirem
- O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, está disposto a “completar” a desnuclearização da península coreana e a celebrar uma cúpula histórica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - disse o presidente da Coreia do Sul, Moon Jaein, neste domingo (27). Na mesma linha, Trump anunciou que os planos para a reunião estão avançando “muito bem”.
As últimas declarações conciliatórias coroaram dias turbulentos, que tinham disparado as tensões diplomáticas. Trump anunciou na quinta-feira (24) o cancelamento da reunião que teria com Kim em 12 de junho, em Singapura, devido à “hostilidade aberta” de Pyongyang. Mas, 24 horas depois, ele voltou atrás e disse que a cúpula ainda poderia acontecer, após diálogos “produtivos” com autoridades nortecoreanas.
A imprevisibilidade de Trump levou a uma reunião surpresa no sábado entre Kim e o presidente sul-coreano para tentar retomar as negociações. Nas fotografias publicas pela Presidência sulcoreana, Moon e Kim são vistos apertando as mãos e se abraçando no lado norte-coreano da Zona Desmilitarizada que separa as nações.
Moon disse que Kim entrou em contato para organizar a célere reunião “sem nenhum tipo de formalidade”. Segundo ele, Kim reiterou seu compromisso de “completar a desnuclearização”, mas não estava seguro “se podia confiar que os Estados Unidos dariam fim à sua política hostil e garantiria a segurança de seu regime” caso entregue as armas. A agência oficial de imprensa norte-coreana KCNA disse que Kim “expressou sua vontade inalterada” de se encontrar com Trump, acrescentando que o Norte e o Sul celebrariam outra rodada de diálogos de “alto nível” em 1º de junho. Em 2017, Trump e Kim trocavam ameaças de guerra depois de Pyongyang testar sua bomba nuclear mais poderosa até então e lançar mísseis de teste que seriam capazes de alcançar os Estados Unidos.
Seul