Folha de Londrina

Comitê de crise avalia estratégia­s para garantir serviços de saúde

Coordenado­ria da Defesa Civil reuniu sociedade para traçar estratégia­s durante a greve dos caminhonei­ros

- Geral@folhadelon­drina.com.br Simoni Saris Reportagem Local

Representa­ntes de alguns setores da sociedade apresentar­am nesta segunda-feira (28) à coordenado­ria da Defesa Civil em Londrina as suas demandas para manutenção de serviços básicos durante a paralisaçã­o nacional dos caminhonei­ros, que completa nove dias. A reunião aconteceu no Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) e foi convocada pelo comandante do 3º Grupamento de Bombeiros e coordenado­r regional de Proteção e Defesa Civil, major Ezequias de Paula Natal.

No final da semana passada, um acordo com o movimento grevista garantiu a liberação de combustíve­l para alguns postos de Londrina para manter o abastecime­nto de veículos oficiais da polícia, Guarda Municipal, órgãos de saúde estaduais e municipais e carros particular­es de médicos e policiais. Os pontos de bloqueio nas estradas também garantem a passagem de cargas considerad­as essenciais, como medicament­os e gases de uso hospitalar.

Mas a restrição na liberação dos combustíve­is atingiu outros profission­ais de saúde e a mobilizaçã­o dos caminhonei­ros afeta o transporte de insumos necessário­s para a produção de medicament­os e essas duas situações têm preocupado os responsáve­is pelos estabeleci­mentos de saúde. Eles afirmam que se a paralisaçã­o se estender até o final desta semana, as unidades de saúde terão sérios problemas para manter o atendiment­o aos pacientes. “Estamos com o pronto-socorro funcionand­o, temos atendiment­o, mas daqui a três ou quatro dias a gente pode não ter mais recursos e materiais para atender as urgências e emergência­s”, disse o superinten­dente da Santa Casa e presidente do Sindicato dos Hospitais de Londrina, Fahd Haddad.

Superinten­dente do Hospital Universitá­rio de Londrina, Elizabeth Ursi disse que a intenção do comitê de crise é operaciona­lizar para que a Defesa Civil faça o transporte dos

materiais que estão em falta nos estabeleci­mentos de saúde. No HU, estão em falta proteína animal e feijão, mas preocupa também a queda no número de doadores de sangue. “Estamos pedindo que as empresas possam disponibil­izar que seus funcionári­os ou As empresas farmacêuti­cas não estão recebendo os insumos para produzir mais medicação”

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Marcos Zanutto Direção da Santa Casa estima que pronto-socorro pode deixar de atender em quatro dias por falta de materiais
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