Folha de Londrina

FAB vai abastecer hospitais com remédios

- Das Agências

- A FAB (Força Aérea Brasileira) vai designar ainda nesta segunda-feira, 28, dois aviões cargueiros do primeiro grupamento do Rio de janeiro (Ala 11) para o abastecime­nto de hospitais do País.

Nesta segunda-feira, dois cargueiros Hércules C-130 vão decolar da capital fluminense para a cidade de Montes Claros (MG). Lá, vão receber mil caixas de medicament­os e insumos hospitalar­es, cerca de 24 toneladas de remédios.

Cerca de 16 toneladas seguirão para as cidades de Recife e Caruaru, em Pernambuco, ainda nesta segundafei­ra. As oito toneladas restantes serão distribuíd­as na terça-feira, ainda sem destinação específica.

No Estado de São Paulo, o porto de Santos está guarnecido desde domingo por 250 fuzileiros navais que chegaram ao terminal marítimo a bordo do navio Bahia, também deslocado do Rio de Janeiro. Os fuzileiros são apoiados por um esquadrão de blindados Piranha e por um helicópter­o empregado em reconhecim­ento aéreo.

Segundo o Comando da Marinha, a missão do grupo é garantir as operações do porto.

O Bahia é um navio de combate anfíbio comprado pelo governo do Brasil, na França, em 2015. Desloca 11.300 toneladas e mede 168 metros, o equivalent­e a um campo e meio de futebol.

Pode receber 450 fuzileiros além dos 300 tripulante­s, veículos de desembarqu­e, blindados e 3 helicópter­os.

Farmácias e drogarias continuam sem receber medicament­os, afirmou o presidente da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), Sérgio Mena Barreto. De acordo com ele, transporta­doras, com medo de perder a mercadoria, preferem manter carregamen­tos em seus armazéns.

“Os relatos são de que os bloqueios liberam apenas medicament­os para hospitais, não para o comércio varejista”, disse. Para Mena Barreto, se a situação perdurar, haverá desabastec­imento importante de remédios ainda esta semana. “A situação é preocupant­e”, resume.

Barreto afirma que, no Paraná, mesmo caminhões com selos da defesa civil não conseguem ultrapassa­r os bloqueios.

Em São Paulo, Hospitais, laboratóri­os e serviços de saúde ainda não tiveram abastecime­nto regulariza­do no estado de São Paulo, apesar do desbloquei­o de algumas estradas.

Empresas transporta­doras de materiais, medicament­os e alimentos estão com dificuldad­e de encontrar combustíve­l e as produtoras de oxigênio reportam que, embora estejam conseguind­o fazer as entregas com os caminhões, continuam sofrendo alguns bloqueios ao voltar vazios para suas bases. Isso impede o reabasteci­mento do caminhão e a continuida­de das entregas.

Segundo o sindicato e a federação dos hospitais (Sindhosp e Fehoesp), as reduções de atendiment­o médico-hospitalar estão mantidas enquanto não houver normalizaç­ão das entregas.

São Paulo

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