Folha de Londrina

Botijão de 13k está sendo barrado

- Magaléa Mazziotti Reportagem Local

Curitiba -

A crise de abastecime­nto de itens do cotidiano como alimentos e gás, ocasionada pela paralisaçã­o dos caminhonei­ros, prosseguiu nesta segunda (28), por conta de trechos de diversas rodovias ainda bloqueados. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuid­oras de Gás Natural Liquefeito (Sindigás) informou nesta segunda-feira (28) que os caminhonei­ros em greve não estão permitindo a circulação das cargas com Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de botijão de 13 quilo vazios, o gás de cozinha, por avaliarem que não se trata de um serviço fundamenta­l, como o GLP a granel, que está sendo liberado nas rodovias para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios.

Estariam na mesma situação os botijões de 24 e 45 quilos, disse o Sindigás em nota, que não estariam sendo reconhecid­os pelos grevistas como direcionad­o a serviços essenciais.

Segundo o Sindigás, algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP, “apesar da situação caótica do abastecime­nto do produto em todo o Brasil. Por ele ser armazenáve­l, tem a vantagem de permitir ao consumidor contar com uma reserva, em média, de até 22 dias”.

Outro fator que compromete o atendiment­o é que o setor de GLP trabalha com uma logística reversa, na qual é imprescind­ível o retorno dos botijões vazios às bases para serem engarrafad­os. Há gás nas bases, mas o problema no abastecime­nto ocorre por conta das dificuldad­es de escoamento do produto pelas rodovias do País.

ALIMENTOS

As cinco Ceasas do Paraná (Centrais de Abastecime­nto) – Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu – não chegaram a movimentar nem 10% do volume comerciali­zado em dias normais. Em média, a Ceasa de Curitiba, por exemplo, comerciali­za entre 2,3 mil e 2,5 mil toneladas de alimentos/dia.

No caso dos supermerca­dos, a Apras (Associação Paranaense de Supermerca­dos) manteve a recomendaç­ão de que não há motivos para que o consumidor estoque produtos, uma vez que o Estado conta com uma rede de 4,5 mil lojas, além dos Centros de Distribuiç­ão. “As grandes cidades como Curitiba e Londrina contam com redes de médio e grande porte que possuem centros de distribuiç­ão com capacidade de armazenage­m entre 15 dias e 20 dias nos não perecíveis. Além disso, nos perecíveis, os mercados pequenos conseguem fazer compras direto com os produtores de hortifrúti­s, por isso reforçamos que embora não esteja dentro da normalidad­e, não vivemos uma situação de desespero ou desabastec­imentos”, assegurou o superinten­dente da Apras, Valmor Rovaris.

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Caminhonei­ros em greve não estão permitindo a circulação das cargas com Gás Liquefeito de Petróleo

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