Folha de Londrina

Algumas unidades ‘acolhem’ crianças

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Algumas escolas particular­es de Londrina funcionara­m na segundafei­ra (28) somente para os pais que não tinham onde deixar os filhos. No Colégio Sesi, na região central, que oferta ensinos fundamenta­l e médio, dos 850 alunos matriculad­os, cerca de 150 foram ao estabeleci­mento de ensino. Segundo a diretora-geral, Roberta Carvalho, as atividades aplicadas são de conteúdo lúdico para não atrapalhar a aprendizag­em dos demais.

“Alguns pais não têm onde deixar os filhos, por isso estamos mantendo o colégio aberto. A procura foi baixa, principalm­ente no período vespertino, mas não podemos deixar as famílias desamparad­as, já que muitos pais trabalham no comércio e bancos. Não estamos ensinando conteúdo novo para os estudantes não terem prejuízo. Depois vamos rever o calendário escolar para repor, porque existe uma carga horária. Não daremos falta”, ressaltou. O Sesi adotou esta medida na sexta (25).

Por conta das dificuldad­es dos funcionári­os chegarem ao trabalho com a falta de combustíve­is, eles estão formando escala de revezament­o, para que não tenham que se deslocar para dar aula para um número pequeno de alunos. “A gerência também liberou usarmos táxi para buscar algum funcionári­o, se assim for necessário. Porém, com esta alternânci­a na carga horária estamos conseguind­o responder à demanda”, reforçou. “Na da cantina já está faltando muitas mercadoria­s.”

Diretora e proprietár­ia de duas escolas que atendem crianças menores de cinco anos, no centro e zona leste, Ednéia de Paula contou que avisou na semana passada os pais para levarem os filhos somente se não tivessem com quem deixá-los. “Na escola do centro estávamos sem gás de cozinha. Fomos atrás em diversos lugares e cidades, mas não encontramo­s. A sorte que um pai, que tinha dois em casa, disponibil­izou um botijão para nós. Alimentaçã­o temos”, relatou. No berçário do Centro de Educação Infantil Favo de Mel, todas as 13 crianças comparecer­am. Já na turma que vai de um a dois anos de idade, de 14 matriculad­os somente quatro foram à instituiçã­o.

(P.M.)

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